Publicada em 05/08/2025 às 09h28
Porto Velho, RO – Após a decretação da prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), determinada na segunda-feira (4) pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a classe política de Rondônia reagiu com manifestações públicas, principalmente nas redes sociais. A medida judicial foi tomada no âmbito da Petição 14129, sob a justificativa de que Bolsonaro violou medidas cautelares ao participar, por telefone, de atos contra o STF, com posterior publicação dos vídeos por aliados.
Senador Marcos Rogério: “Mais uma violação ao devido processo legal”
O senador Marcos Rogério (PL) criticou a decisão, classificando-a como injusta. Em publicação no Instagram, declarou: “A prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro representa mais uma violação ao devido processo legal no Brasil”. Segundo ele, trata-se de um impedimento político à “maior liderança da direita no Brasil”. Afirmou ainda: “Estamos diante de mais um ataque ao Estado de Direito”.
Coronel Chrisóstomo: “O povo tem que sair às ruas”
O deputado federal Coronel Chrisóstomo (PL) também repudiou a medida. Em vídeo publicado nas redes sociais, afirmou: “Vingança não é justiça! O Judiciário Brasileiro está agindo de forma arbitrária e fora do processo legal da coisa. Sendo assim, essa é a hora: o povo tem que sair às ruas!”.
Dr. Fernando Máximo: “Com o coração apertado”
Em nota publicada em fundo preto, o deputado federal Dr. Fernando Máximo (União Brasil) declarou solidariedade ao ex-presidente. “Com o coração apertado pela prisão domiciliar do Presidente Bolsonaro”, escreveu. Segundo ele, a medida é “extrema contra alguém que sempre esteve à disposição da Justiça” e representa “milhões e milhões de brasileiros”.
Cristiane Lopes: “Absurdo”
A deputada federal Cristiane Lopes (União Brasil) compartilhou a manchete de uma emissora de televisão e comentou: “É um ABSURDO o que estamos vivendo”. Segundo a parlamentar, trata-se de “perseguição política” e o Brasil vive “um momento grave”.
Lúcio Mosquini: “Perseguição política escancarada”
Para o deputado federal Lúcio Mosquini (MDB), a decisão é injusta e desproporcional. Ele escreveu: “O que estamos presenciando no Brasil é muito mais do que um processo judicial — é uma tentativa clara de calar a oposição e transformar adversários políticos em inimigos”.
Maurício Carvalho: “Repúdio a mais esse ataque à liberdade”
O deputado federal Maurício Carvalho (União Brasil), líder da bancada federal de Rondônia, afirmou: “Repudio mais esse ataque à liberdade protagonizado pelo ministro Alexandre de Moraes”. Em sua avaliação, a prisão não tem relação com corrupção ou desvio de recursos públicos, mas com o “direito de se expressar”.
Sofia Andrade: “Um preso político honesto”
A vereadora de Porto Velho, Sofia Andrade (PL), posou ao lado de Bolsonaro e escreveu: “Um PRESO POLÍTICO HONESTO!! Presidente Bolsonaro é o maior líder político que esse país já teve, e, de direita convicto, eu sou grata ao senhor por TUDO!”. Ela também criticou o Judiciário e fez referência a decisões passadas envolvendo réus da Lava Jato.
Rodrigo Camargo: “Prenderam o Bolsonaro”
O deputado estadual Delegado Rodrigo Camargo (Republicanos) publicou vídeo em tom de denúncia. Com a legenda “URGENTE: Bolsonaro é preso!”, ele convocou seus seguidores a acompanharem suas redes.
Não se manifestaram
Até a manhã desta terça-feira (5), não haviam se manifestado publicamente os seguintes nomes da política rondoniense: senador Jaime Bagattoli (PL), deputada federal Sílvia Cristina (PL), deputado federal Thiago Flores (MDB), deputado federal Rafael Fera (União Brasil), senador Confúcio Moura (MDB) — único aliado declarado do presidente Lula na bancada rondoniense — e o governador Coronel Marcos Rocha (União Brasil).
Contexto da prisão
A prisão domiciliar de Bolsonaro foi determinada por Alexandre de Moraes após o ex-presidente, segundo o ministro, produzir e autorizar a divulgação de vídeos em que participa, por telefone, de manifestações realizadas no domingo (3), nas quais teria incentivado ataques ao STF e defendido interferência externa no Judiciário brasileiro.
O ministro entendeu que a atitude violou medidas cautelares já impostas no processo da Ação Penal 2668, na qual Bolsonaro é réu por tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, entre outros crimes. A decisão impede o ex-presidente de receber visitas não autorizadas e o uso de celulares, inclusive por meio de terceiros.



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