Publicada em 19/08/2025 às 15h34
PORTO VELHO (RO) - A greve dos servidores da educação em Rondônia, que se aproxima da terceira semana, elevou a tensão entre a categoria e o governo do Estado nesta terça-feira (19). Professores organizados pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação no Estado de Rondônia (Sintero) realizaram uma manifestação pacífica em Porto Velho, que resultou na invasão do Centro Político Administrativo (CPA) e posteriormente seguiu em direção à Secretaria de Estado da Educação (Seduc).
O ato teve início na sede do sindicato, onde lideranças discursaram contra o que classificam como descaso do governo, acusando a Seduc de se recusar a negociar com os grevistas. No CPA, o protesto foi acompanhado por policiais da Casa Militar, que não conseguiram conter o avanço dos educadores. Os manifestantes ocuparam a recepção do prédio, sentando-se no chão em ato de resistência.
Durante a mobilização, sindicalistas relataram que a presidente do Sintero, Dioneida Castoldi, foi agredida por militares. Segundo a categoria, a hostilidade teria ocorrido diante da recusa do governador Marcos Rocha (UNIÃO) em abrir diálogo com os profissionais.
“Estamos há dias tentando negociar e o governo insiste em se fechar ao diálogo. A categoria não aceita mais ser ignorada”, disse a presidente do Sintero, Dioneida Castoldi, em conversa com a redação do jornal Rondônia Dinâmica.
Entre as reivindicações, estão o aumento da gratificação por titulação (pós-graduação, mestrado e doutorado), ampliação do auxílio-transporte para servidores com salário de até cinco mínimos, reajuste do auxílio-alimentação — congelado há quase dez anos —, realização de concurso público unificado e equiparação salarial entre técnicos de nível 1 e 2.
Nota da Seduc
Em nota, a Seduc reafirmou “respeito e reconhecimento” aos profissionais da educação e informou que mantém diálogo “dentro dos limites legais”. A secretaria acrescentou que o gabinete de crise está reunido com representantes do Sintero, ouvindo reivindicações e buscando soluções que conciliem as demandas com a responsabilidade fiscal do Estado.



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