Publicada em 20/08/2025 às 09h31
Porto Velho, RO – O presidente nacional do União Progressista, Antônio Rueda, oficializou nesta terça-feira (19) o apoio da federação ao vice-governador de Rondônia, Sérgio Gonçalves, como candidato ao governo estadual em 2026. A declaração ocorreu durante a convenção conjunta que consolidou a criação da superfederação formada pela união do União Brasil e do Progressistas (PP).
Em discurso, Rueda destacou que Rondônia terá papel central no projeto político da federação. “Essa fundação que lá em Rondônia, o nosso vice-governador, se Deus quiser, será o nosso candidato a governo em 2026. Você tem o apoio de todos nós, do nosso ministro, dos nossos deputados e dos nossos senadores. Conto com você, menino. Vamos tocar o cacete lá”, afirmou, dirigindo-se diretamente a Sérgio Gonçalves. O anúncio encerra especulações internas e dá contornos definitivos ao quadro político no União Progressista em Rondônia, fechando o caminho do deputado federal Fernando Máximo dentro da federação.
A escolha de Gonçalves como postulante ao Palácio Rio Madeira retira de Máximo a possibilidade de disputar o governo do Estado pelo União Progressista. Segundo fontes próximas ao parlamentar, duas alternativas estão sendo avaliadas: o PL, sob comando regional do senador Marcos Rogério, e o Podemos, liderado em Rondônia pelo prefeito de Porto Velho, Léo Moraes. Bem posicionado nas últimas pesquisas do Instituto Paraná, tanto para o governo quanto para o Senado, Fernando Máximo passa a ter liberdade para escolher um novo caminho fora da aliança. Interlocutores próximos consideram que a porta “mais escancarada” é a do Podemos, mas o alinhamento com o PL também não está descartado.
A União Progressista nasce da junção do União Brasil com o Progressistas, consolidando-se como a maior força partidária do país. A federação reúne 109 deputados federais, a maior bancada da Câmara, 14 senadores, com expectativa de chegar a 15 ainda nesta semana, 1.335 prefeitos em todo o território nacional, superando o PSD, além de sete governadores em exercício. No aspecto financeiro, terá a maior fatia de recursos públicos destinados às campanhas, com R$ 953,8 milhões de fundo eleitoral e R$ 197,6 milhões em fundo partidário, valores superiores aos do PL.
Além do peso político e estrutural, a nova federação se coloca no tabuleiro nacional como uma força crítica ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Os presidentes das siglas, Antônio Rueda e Ciro Nogueira, defendem o lançamento de uma candidatura de centro-direita em 2026. O União Brasil tem o nome do governador de Goiás, Ronaldo Caiado, como pré-candidato, enquanto Nogueira é um dos defensores de uma costura em torno do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas.
O senador Ciro Nogueira apresentou a federação como um novo eixo de sustentação democrática, afirmando que a União Progressista nasceu para ser a espinha dorsal da democracia brasileira, capaz de dar sustentação ao organismo político nacional. O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, celebrou a criação como um passo importante para o país, destacando que a aliança traz esperança e abre espaço para discutir temas de relevância.
No caso de Rondônia, a situação já está definida. Com o aval público de Antônio Rueda, Sérgio Gonçalves passa a ser o nome oficial da federação para a disputa estadual de 2026. A decisão fortalece sua pré-candidatura e reconfigura o cenário local, deixando claro que dentro do União Progressista não haverá espaço para outra opção ao governo, excluindo definitivamente a pretensão de Fernando Máximo.



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