Publicada em 10/09/2025 às 10h52
Com o ataque a líderes do Hamas no Catar, que mediava o acordo para pôr fim à guerra em Gaza, Israel cruzou uma barreira considerada, há muito tempo, intransponível.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, optou por destruir o único canal diplomático para interromper o conflito que lançou o país no lugar de pária internacional e devolver cerca de 50 reféns que estão em poder do grupo terrorista há quase dois anos.
Ainda não está claro se os comandantes do Hamas visados pela Operação Cúpula de Fogo em solo catariano estão entre os cinco mortos. Mas o bombardeio inédito e surpreendente de um prédio no centro de Doha, onde se acredita que eles estavam reunidos, terá graves consequências.
Um dos alvos era o negociador-chefe do grupo, Khalil al-Hayya, que o Hamas diz ter sobrevivido.
De imediato, o ataque interrompeu as negociações para um cessar-fogo no enclave palestino assolado por fome e destruição. E pôs novamente em xeque as intenções de Netanyahu sobre o destino dos reféns.
Em Israel, enquanto a base radical do premiê elogiava a operação, o ceticismo predominava, e as famílias dos sequestrados reagiam fortemente ao ataque, expressando raiva e desespero sobre o futuro das negociações.



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