Publicada em 16/09/2025 às 15h48
Porto Velho, RO – O senador Marcos Rogério, do PL, se posicionou publicamente contra a operação da Polícia Federal realizada no último fim de semana no Rio Madeira, entre os municípios de Manicoré e Humaitá, que resultou na explosão de 71 dragas utilizadas em atividades de garimpo. Segundo o parlamentar, a ação teria provocado graves danos ambientais e sociais.
Em uma série de postagens, Rogério afirmou que “no Rio Madeira, a ação da PF ultrapassou todos os limites” e que, se há ilegalidade, as sanções devem ser aplicadas dentro da lei, sem recorrer à destruição das embarcações. Para ele, a medida “causa mortandade de peixes, polui a água que abastece as comunidades ribeirinhas, destrói o patrimônio de milhares de famílias e aprofunda a crise social e econômica da região”.
Durante pronunciamento, o senador reforçou que a prática representa, em suas palavras, um “crime ambiental cometido pelo próprio Estado”. Rogério detalhou os impactos que, segundo ele, resultam da explosão de balsas no leito do rio: “Você aqui tem a fumaça que sobe, o óleo que desce, a contaminação da água, a fauna aquática, porque você dá uma explosão dessa no ambiente como aquele, então fala-se tanto em defesa do meio ambiente, aí chega num rio como esse, da nossa Amazônia brasileira e praticam esse crime ambiental”.
O parlamentar também classificou a ação como “espetacularização da destruição”, ao destacar que as imagens seriam utilizadas em fóruns internacionais como narrativa de combate ao garimpo, mas, na prática, segundo ele, apenas teriam prejudicado comunidades locais. “São cenas dantescas, são cenas de apocalipse, assustando toda aquela comunidade e colocando em risco. Em nome do meio ambiente, quanta hipocrisia”, declarou.
Rogério ainda apontou que nenhuma prisão teria sido realizada na operação e criticou a ausência de medidas alternativas. “Não há um ambiente de diálogo, de busca de entendimento para tentar resolver o problema. Apenas vão lá e destroem. E daqui a pouco volta a acontecer tudo de novo”, disse. Para ele, seria necessário estabelecer um programa de extração controlada, com mitigação de impactos e fiscalização, em vez de recorrer exclusivamente à destruição.
Ao final, o senador anunciou que encaminhará ofício ao Ministério da Justiça solicitando informações sobre a operação. “Eu me somo a todos os argumentos aqui apresentados, lamentando uma vez mais que isso tenha acontecido”, afirmou.



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