Publicada em 19/09/2025 às 15h00
Porto Velho, RO – O pecuarista Bruno Scheid, vice-presidente do Partido Liberal (PL) em Rondônia, declarou nesta quinta-feira (19) que passará o dia com o ex-presidente Jair Bolsonaro, em Brasília, após autorização concedida pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Bolsonaro cumpre prisão domiciliar por decisão do ministro Alexandre de Moraes, decretada após sua condenação a mais de 27 anos no julgamento da chamada “Trama Golpista”.
Em vídeo publicado nas redes sociais, Scheid afirmou que transmitirá pessoalmente mensagens de apoio recebidas nas ruas e no Instagram. “Devo passar o dia com ele e levar todas as mensagens que tenho visto aqui no Instagram, nas ruas, as pessoas que falam com a gente, para que ele lembre e para que não esqueça nunca que ele é o grande líder de todos nós, ele é o líder dessa nação, o cara que ama esse país e que a gente precisa dele mais do que nunca”, declarou.
Scheid, que se apresenta como assessor especial do ex-presidente e foi anunciado pelo próprio Bolsonaro como pré-candidato ao Senado por Rondônia, destacou ainda que considera o encontro um gesto de solidariedade. “Essa dificuldade toda, essa tempestade vai acabar, isso não vai durar para sempre. E é isso que ele vai ouvir de mim hoje”, disse.
O dirigente partidário também ressaltou que o encontro ocorreu mediante autorização específica: “O Supremo autorizou para que eu passasse o dia de hoje lá. Isso acontece. Daqui a pouquinho eu estou chegando”. Ao concluir a gravação, reafirmou fidelidade política: “Vou levar um recado de Rondônia e do Brasil inteiro e dizer para ele que o Galego é o mais amado do planeta e a gente não vai soltar a sua mão nunca, presidente. A gente sempre vai estar com você”.
Scheid tem utilizado suas redes sociais para manifestar apoio a Bolsonaro desde a decisão do STF. Em 12 de setembro, logo após a condenação, publicou mensagem afirmando: “Que Deus esteja aí contigo, tudo isso vai passar meu amigo, aqui do lado de fora nós não iremos desistir de ti [...] eu estarei com você até depois do fim”. O registro repercutiu em meio às reações de parlamentares bolsonaristas de Rondônia.
Na ocasião, o senador Marcos Rogério (PL-RO) classificou a sentença como “vingança política travestida de sentença”. O também senador Jaime Bagattoli (PL-RO) afirmou que a decisão equivaleria a “decretar a sua morte”. Já o deputado federal Coronel Chrisóstomo (PL-RO) publicou que se tratava de “perseguição política implacável”. A vereadora Sofia Andrade (PL), de Porto Velho, declarou ter ficado “de estômago embrulhado”.
Em agosto, Scheid também havia divulgado imagem de Bolsonaro utilizando tornozeleira eletrônica, equipamento imposto como medida cautelar. Na legenda, escreveu: “Não é fácil ver essa imagem, imagina fazê-la o meu coração está aos cacos, mas a minha vontade de lutar por esse homem só aumenta!”. A postagem foi posteriormente apagada.
O encontro desta sexta-feira acontece após decisão anterior de Moraes que havia negado visitas livres a aliados do PL, entre eles o próprio Scheid. Apesar da negativa, o dirigente recebeu autorização específica para estar com o ex-presidente no dia 19 de setembro, sob condições estabelecidas pelo STF, incluindo revista pessoal.
A visita marca o primeiro encontro presencial entre Bruno Scheid e Jair Bolsonaro desde a condenação. O gesto ocorre em paralelo à intensificação de manifestações públicas de lideranças regionais e nacionais do PL contra a decisão da Suprema Corte.



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