Waldir Costa / Rondônia Dinâmica
Publicada em 08/04/2021 às 15h03
Leite – A situação crítica dos produtores de leite de Rondônia continua. O leite é entregue nos laticínios a R$ 1,20 pelos produtores, que recebem quando as empresas se dispõem a pagar, pois não há um prazo fixo. Já o litro de leite é vendido nos supermercados em média a R$ 4, o que dimensiona bem a discrepância entre a produção e a venda ao consumidor. Os produtores estão revoltados e muitos não estão entregando mais o produto e jogando o leite fora, o que também não é solução para o grave problema. A produção está comprometida e poderá ser zerada, caso não se encontre uma solução para o problema.
Cartelização – Vários deputados estaduais se manifestaram esta semana sobre a situação, inclusive o ex-presidente da Assembleia Legislativa (Ale), Laerte Gomes (PSDB/Ji-Paraná) denunciando que há cartelização dos laticínios no Estado, com sérios prejuízos para os produtores. Os deputados devem formar uma comissão para intermediar uma negociação entre produtores, laticínios e governo do Estado. Rondônia oferece inúmeras vantagens para os laticínios, inclusive tributários e os produtores, que deveriam ser os maiores beneficiados estão sendo prejudicados, além do consumidor, que paga um preço absurdo pelo litro do leite industrializado.
Transporte – Muitas críticas ao prefeito de Porto Velho, Hildon Chaves (PSDB), por zerar o preço da tarifa do transporte coletivo na capital nos próximos meses. Hildon conseguiu aprovar pela câmara de vereadores subsídio em torno de R$ 6 milhões com recursos do orçamento próprio. A meta é fomentar o transporte coletivo junto à população. A pandemia e o transporte clandestino provocaram o desequilíbrio econômico-financeiro celebrado entre o município e a empresa de transporte coletivo, JTP Transportes. A meta é que o usuário não pague pelo transporte coletivo neste mês de abril; nos próximos meses de maio, junho e julho, tarifa de R$ 1; entre agosto e outubro R$2, e em novembro e dezembro R$ 3.
Transporte II – De fato é necessário preservar o transporte coletivo na cidade, pois o serviço é precário desde a administração do ex-prefeito, Mauro Nazif (PSB), que acabou com um consórcio que trabalhava no setor e não conseguiu viabilizar o setor até o final do seu mandato. Hildon assumiu no primeiro mandato com o sistema prejudicado, com frota sucateada e insuficiente para atender a demanda, o que acabou favorecendo a entrada de clandestinos. A JTP iniciou os trabalhos em Porto Velho em outubro de 2020, já com atraso, porque não conseguiu mobilizar toda a frota, devido a pandemia, que paralisou os trabalhos nas empresas fabricantes de carrocerias. Hoje a maioria dos ônibus circula vazio, porque enfrenta a clandestinidade e, a maioria dos usuários é de idosos, que não pagam passagem, além de estudantes, que pagam meia passagem. Na verdade, a empresa está pagando para trabalhar.
Intervenção – A iniciativa do prefeito Hildon é oportuna e necessária. A média de passageiros que constava no contrato não é atingida, porque devido a pandemia, as pessoas estão optando pelo trabalho em casa. As que necessitam de deslocamento buscam o transporte por aplicativos, que é mais caro, mas atende mais rápido, pois o coletivo, devido ao movimento baixo tem redução de horários, além da concorrência criminosa dos clandestinos, que assediam as pessoas nas paradas de ônibus. Hoje Hildon e sua equipe estão sendo criticados por socorrer um setor fundamental para a economia do município e pela mobilidade urbana, mas em futuro muito breve será lembrado pela ação emergencial necessária.
Respigo
Perdemos um amigo e ex-colega de trabalho, de Cascavel, no Paraná, o repórter-fotográfico e historiador, Xico Tebaldi, na madrugada de hoje (8). Trabalhamos juntos na sucursal da “Folha de Londrina”, em Cascavel durante anos +++ Mais um amigo que vai embora antes do combinado, devido a pandemia, que assusta o mundo. Que Deus o tenha e nossas mais sinceras condolências à Família +++ Mais de 50 pessoas morreram de terça-feira (6) para quarta-feira (7) em Rondônia devido ao coronavírus. O índice de pessoas contaminadas pelo covid-19 também foi elevado e esteve acima de 1.100 pessoas +++ O Dnit precisa fechar os buracos na Avenida Jorge Teixeira em Porto Velho, no trecho transformado em BR de acessos ao Porto Graneleiro e BR 329, na ligação com Manaus. Os buracos estão aumentando a cada dia e favorecendo a acidentes.
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