Rondoniadinamica
Publicada em 17/04/2021 às 09h51
Porto Velho, RO – O governador Coronel Marcos Rocha, sem partido, decidiu flexibilizar um pouco as normas sanitárias relacionadas ao combate do Coronavírus (COVID-19/SARS-CoV-2) levando em consideração a queda ínfima do número de mortes diárias no decorrer da semana.
NOVAS MEDIDAS
Decreto 25.981 reforça medidas sanitárias em estabelecimentos para conter a proliferação do coronavírus em Rondônia
Mas há também outro ponto: os comerciantes correm o risco de “quebrar” por conta das restrições mais rígidas que impedem, entre outras coisas, a presença de clientes em seus respectivos estabelecimentos.
Entre a cruz e a espada, se equilibrando no fio da navalha, o mandatário do Palácio Rio Madeira se vê obrigado e tomar decisões dificílimas às quais, definitivamente, não causam inveja em qualquer um de seus adversários dentro do campo eletivo.
Não é sobre defender ou rechaçar lockdown e/ou medidas tão ou mais restritivas. É, acima de qualquer coisa, a respeito de não importar o caminho escolhido, pois as críticas surgirão de todos os lados – e em profusão, é inevitável. A pandemia criou um eterno dilema administrativo para Rocha e equipe.
Se agiu mais certo do que errado, o tempo dirá; o termômetro mais importante certamente será a urna em 2022, quando, claro, tentará a reeleição.
Agora, há situações que não dizem respeito ao coronel. No estado, já são 4,7 mil mortes exclusivamente por causa do vírus.
Todos os dias a mídia regional noticia aglomeração de pessoas, especialmente negacionistas, que, por sua vez, não querem fazer sequer a sua parte, que é o básico do básico. Ou seja, essa gente, cheia de direitos e pouquíssimos deveres, dá de ombros a questões comezinhas como o uso de máscara e distanciamento social, critérios imprescindíveis a fim de evitar a proliferação da COVID-19.
Paralelamente, há a situação levantada pelo deputado federal Lúcio Mosquini, do MDB, que entrevista exclusiva ao Rondônia Dinâmica no começo do mês abordou algo sério: as prefeituras estariam represando imunizantes, ocasionando emperramento do pedido de mais doses ao Ministério da Saúde.
Foi o próprio governo federal que encaminhou dados ao líder da bancada rondoniense eviscerando oficialmente a discrepância entre os imunizantes recepcionados em cada cidade e os devidamente aplicados no povo.
Aparentemente, o chefe do Executivo estadual mantém a preocupação sobre este tema, vez que em suas redes sociais chegou a cobrar, de maneira indireta, celeridade na aplicação do novo lote anunciado na passagem da semana.
Se essas cobranças realizadas pelas autoridades se tornarem ações efetivas no campo da realidade, talvez, e isto é vender uma visão muito otimista, diga-se de passagem, o calvário causado pelo Coronavírus pode chegar ao começo do fim.
Porém, tem haver confluência entre decretos, medidas sanitárias, adesão popular e aplicação massiva das vacinas. Senão, nada feito. E todos os atores políticos sabem disso. Falta, lamentavelmente, o seio social entrar na jogada.
URL: https://rondoniadinamica/noticias/2021/04/coronavirus-em-rondonia-flexibilizacao-do-comercio-decretos-anteriores-ignorados-pela-populacao-e-lentidao-na-vacinacao,101486.shtml