Rondoniadinamica
Publicada em 20/04/2021 às 11h29
Porto Velho, RO – Falta muito, mas nem tanto. Com um ano e seis meses de distância das próximas eleições, desde agora, colunistas e sites de notícias começam a destilar a frase mais manjada sobre o assunto.
O Rondônia Dinâmica, claro, não poderia ficar de fora.
“Política é como nuvem. Você olha e ela está de um jeito. Olha de novo e ela já mudou”, disse o saudoso e polivalente Magalhães Pinto.
As tratativas rumo ao Palácio Rio Madeira, ou pela manutenção das rédeas deste, no caso de Coronel Marcos Rocha, sem partido, já estão em ebulição total – especialmente nos bastidores.
O mundo continua constrito em decorrência do já não tão novo Coronavírus (COVID-19/SARS-CoV-2) e suas desastrosas consequências.
A despeito disso, por detrás das cortinas, muitas autoridades dentro e fora das hostes eletivas costuram suas alianças e entabulam acordo fora do alcance dos holofotes e dos olhos da sociedade.
Nada ilegal, certamente. É acima de qualquer coisa mais uma entre as infinitas repetições das rotineiras corridas em busca do Poder.
A sucessão, pelo que se rascunha no horizonte até então, poderá resultar numa vantagem ao atual mandatário do comando do Executivo estadual.
Pelo que ocorreu em Porto Velho nas eleições de 2020, por exemplo, a pluralidade entre postulantes foi tanta que, mesmo tendo vantagem por ser o detentor da máquina, e isso vale para todo mundo, Hildon Chaves, do PSDB, acabou beneficiado pela diluição dos votos distribuídos pela quantidade enorme de adversários.
A guerra pelo poder a nível estadual por ora soa com as mesmas características, visto a gigantesca parcela de cartas e naipes à disposição do povo.
Antigamente, a pressuposição básica era a de que esse montante acabaria condensado em grupos menores, e, consequentemente, mais fortes, gerando disputa bem mais acirrada, arriscada e equilibrada.
Agora, com cada CPF querendo não mais a fatia, mas sim o bolo todo, as situações no campo da escolha se desenrolam fora dos padrões.
Ramon Cujuí, Hildon Chaves, Laerte Gomes, Jaqueline Cassol, Daniel Pereira, Léo Moraes, Jesualdo Pires, Eyder Brasil, Acir Gurgacz, Ivo Cassol, Marcos Rogério, João Gonçalves Júnior, Cristiane Lopes, Mariana Carvalho, Lúcio Mosquini e Pimenta de Rondônia.
Só aí são 16 cidadãos e cidadãs que surgem nas notas pela imprensa regional como alternativas à gestão Rocha. Claro que eventuais combinações já foram inclusive divulgadas, como, por exemplo, a adesão de João Gonçalves Júnior, prefeito de Jaru, à eventual candidatura à reeleição de Rocha.
É uma possibilidade, sim. Mas, mais uma vez, evoca-se Magalhães Pinto: “Olha de novo e ela já mudou”.
Também é necessário levar em consideração o fato de alguns deles pertencerem à mesma legenda, ou seja, lá pelas tantas, com ou sem convenção, a decisão interna ficará entre um e outro, enxugando o quadro geral. Isto, claro, sem levar em conta os que podem ser emperrados por situações jurídicas, como Ivo Cassol.
Agora, um tabuleiro recheado é o melhor cardápio possível para a democracia; lado outro, o histórico recente já eviscera quem sai em vantagem quando o leque está estufado.
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