José Luiz Alves
Publicada em 21/04/2021 às 09h00
Foi Pinzón ou Cabral...!
Na última quinta-feira (22) sem festa e feriado se comemorou os 521 anos do descobrimento do Brasil, pelo navegador Português Pedro Álvares Cabral, que avistou terras e matas mantendo os primeiros contatos entre indígenas e civilizados. Dois anos antes, o explorador marítimo, o Espanhol, Vincente Pinzón, passando pela ilha de Marajó, enfrentando a hostilidade dos índios, perdendo e abatendo ao mesmo tempo muitos silvícolas, batizou a ilha, chamando-a de Santa Maria de La Mar Dulce, em homenagem a formosura do rio Amazonas.
Nos combates entre espanhóis e silvícolas as margens da ilha de Marajó, uma das fragatas lotadas de búfalos para abastecimento dos exploradores teria afundado e os animais nadando alcançaram a terra firme. Depois de três dias de combate, Vincente Pinzón desistiu de ocupar a ilha seguindo viagem pelo rio Amazonas. A ilha de Marajó, na atualidade comporta um rebanho superior a 200 mil cabeças de búfalos, alguns domesticados e outro selvagens, numa área superior a 50 mil quilômetros quadrados, composta por 12 municípios.
Historiadores espanhóis, afirmam que o Brasil fora descoberto dois anos antes por Vincente Pinzón e não por Pedro Álvares Cabral. A pergunta é: o que mudaria neste Brasil velho sem porteira e sem tramela, se ele tivesse sido colonizado pelos espanhóis e não pelos portugueses, os indígenas seriam respeitados em seus habitats naturais, teríamos menos bandidagem, miséria e corrupção? Essa pergunta não há historiador que responda com precisão. Mas vamos ao que interessa o agronegócio...!
Lavouras crescendo!
O viajante, um pouco mais atento ao percorrer a BR 364, desviando dos buracos e crateras na rodovia entre os municípios de Ariquemes e Itapuã do Oeste, com certeza observará a beleza das lavouras de milho e arroz cultivadas após a colheita da soja nos dois lados da estrada. Naturalmente, os agricultores aproveitando as vastas áreas planas, o clima propício para agricultura, com tecnologias modernas transforma a paisagem da região gerando riqueza e desenvolvimento.
Outro detalhe...!
Também é importante observar a imensa quantidade de tanques com vastas lâminas de água para o cultivo de pescado, principalmente tambaqui nesta região entre Ariquemes e Itapuã do Oeste, que pode ser vislumbrado pelos os viajantes que vão ou retornam pela BR 364. Entre as invernadas onde os bovinos de corte pastam, as lavouras e tanques de piscicultura transformam a paisagem. Tudo isso é nome do progresso, que a passos largos vem chegando à Porto Velho.
Investindo no campo!
O superintendente do Banco da Amazônia, em Rondônia, Diego Campos, anunciou que a instituição projeta encerrar o mês de abril com investimentos de R$ 350 milhões no agronegócio no estado, com destaque para agricultura familiar. Entre as linhas de crédito existem recursos para financiar resfriadores do leite para melhorar a qualidade e boas práticas com o produto, assim como disponibiliza recursos para pequenos e micros empreendedores rurais e urbanos.
Vai longe...!
De acordo com o presidente da Federação de Agricultura e Pecuária de Rondônia (Faperon), Hélio Dias, 50% dos 58 mil produtores de leite no estado estão paralisados. Segundo ele, é necessário que todos contribuam para encontrar um rumo superando às dificuldades de um setor tão importante como a produção de leite para economia do estado. Conclamando, autoridades, produtores rurais e laticínios, para sentar e dialogar na busca de uma solução para essa crise, Hélio Dias, frisa que a produção de 1,6 milhões de litros/dia está caindo em função dos baixos preços, de R$ 1,20 pago aos produtores.
No ar...!!!
A Rádio Nacional de Brasília levou ao ar no programa “Brasil Rural” apresentado pelo Jornalista, Marcelo Ferreira, das 5:00 às 7:00, diariamente uma entrevista com o presidente do Banco do Povo de Rondônia, Manoel Serra, revelando as atividades desta instituição que conta com o apoio do governo do estado, financiando pequenos e micros –empreendedores rurais e urbanos, nesta época de pandemia. Marcelo Ferreira comentou que outros estados deviam copiar o modelo rondoniense. Até que enfim, uma noticia boa!
Em queda livre...!
O consumo da carne bovina caiu 30% em Rondônia, bem como em todo o território nacional, seguindo o aumento de preços que também alcançou 30% para o bolso do consumidor. A carne de frango sofreu um aumento de preço variando entre 15 e 20%, enquanto o consumo cresceu 22% de acordo com informações de açougueiros e proprietários de estabelecimentos que comercializam estes produtos. Na mesma linha o consumo da carne de suínos e peixes continua em alta, enquanto a carne bovina segue em queda livre. Vários pequenos e médios frigoríficos pelo Brasil afora estão encerrando as atividades, acentuando o número de pessoas desempregadas.
Crescendo...!
Mesmo com os percalços pela ausência de chuvas no período do plantio e excesso de água no momento da colheita, as lavouras de soja cultivadas no estado de Rondônia, alcançaram a marca de 410 mil hectares. Na região norte do estado, diga-se o município de Porto Velho, números não oficiais revelam que fora plantada mais de 40 mil hectares com uma produção média em torno de 60 sacas de 60 quilos por hectare.
A conta vem depois...!!!
O resultado final desta crise econômica e social que o Brasil e mundo atravessam, virá depois que a pandemia seja dominada. Essa conta vem depois, quando os números começam a ser contabilizados. Com certeza será assustador!
Até a próxima
Na semana passada por motivos profissionais, tive que me ausentar da capital e não consegui produzir a coluna. Estou de volta lépido e fagueiro, fugindo das farras e aglomerações, usando máscaras, final de contas o coronavirus continua realizando estragos, o melhor caminho e se cuidar. Boa leitura.
URL: https://rondoniadinamica/noticias/2021/04/lavouras-crescendo-consumo-da-carne-bovina-caiu-30-em-rondonia-as-lavouras-de-soja-cultivadas-no-estado,101707.shtml