Waldir Costa / Rondônia Dinâmica
Publicada em 29/04/2021 às 15h04
BR 364 – O assunto é o mesmo de todos os anos e bastaria mudar as datas das matérias de anos anteriores, que nada é diferente no que se refere a situação crítica da BR 364, principal rodovia federal que corta Rondônia, após o período do inverno amazônico (chuvas), como está ocorrendo agora. O trecho da 364 de Porto Velho a Vilhena, na divisa com o Mato Grosso, com cerca de 700 quilômetros em sua maioria está sem as mínimas condições de tráfego seguro. Há anos é cobrada a restauração e não somente recuperação ao Departamento Nacional de Infraestrutura e Transporte-Dnit com os trabalhos de tapa-buracos, que é um paliativo. Na verdade, uma fonte permanente de grana para as empreiteiras que faturam alto, pois a rodovia construída na década de 80 não tem condições de suportar o volume diário de veículos de passeio e principalmente de carga.
BR 364 II – No período da construção da 364 era difícil o trânsito de carreta, na época chamada de jamanta. A maioria era composta de caminhões trucados, por isso a estrada não tem condições de suportar o volume de carretas, bitrens e treminhões, que transportam na maior parte do ano safras de grãos de Rondônia e também do Mato Grosso, para o Porto Graneleiro de Porto Velho, no rio Madeira com dezenas de toneladas. A bancada federal de Rondônia (três senadores e oito deputados) deve se juntar a bancada do Acre, que também depende da 364, para que a rodovia seja restaurada e posteriormente duplicada, a demanda dos cerca de 3 mil veículos pesados que transitam por ela durante os períodos de safras de grãos.
Governador – Além do ex-prefeito de Ji-Paraná e ex-deputado estadual Jesualdo Pires (PSB), que está na lista de prováveis nomes a disputar a sucessão estadual no próximo ano, somente o ex-prefeito de Ariquemes, Thiago Flores, que estava no PRB, quando deixou a prefeitura e entregou para a prefeita-eleita em novembro de 2020, Carla Redano (Patriotas) demonstra, pelo menos publicamente, que tem pretensões de disputar o governo do Estado nas eleições gerais de outubro do próximo ano, quando serão eleitos, além dos governadores e vices, o presidente da República e o vice, uma das três vagas de cada Estado ao Senado, Câmara Federal e Assembleias Legislativas.
Governador II – A decisão de Jesualdo concorrer a governador depende de negociações com o Podemos, presidido no Estado pelo deputado federal Léo Moraes, que está na relação de pretendentes à sucessão estadual. Uma parceria entre Podemos e PSB não está descartada, como já se comentou recentemente aqui na coluna. Mas a pretensão de Thiago Flores é mais ousada, porque na sua base tem um adversário de peso político-eleitoral, o ex-governador (dois mandatos seguidos), que também já passou pela Prefeitura de Ariquemes (dois mandatos seguidos) e, por enquanto é o nome do MDB ao governo, senador Confúcio Moura.
Governador III – Não há como negar que uma candidatura de Confúcio certamente prejudicará a pretensão de Flores, que tem a base eleitoral em Ariquemes e região, onde Confúcio é nome de enorme peso eleitoral. Já demonstrou isso nos mandatos de prefeito, de governador e também quando esteve na Câmara Federal. Sua força eleitoral foi confirmada nas eleições de 2018, quando se elegeu senador da República com 230.361 votos. Disputar o governo do Estado tendo Confúcio como um dos adversários na mesma região não é uma boa pedida. Mas Thiago Flores é jovem, um nome em ascensão na política e deixou um bom trabalho na sua passagem pela Prefeitura de Ariquemes.
Respigo
Sobre a situação da BR 364, o superintendente do Dnit em Rondônia, André Santos, disse que a licitação para contratar a empresa, que responderá pela conservação e manutenção da ligação Porto Velho a Ariquemes, com cerca de 200km, que está com alguns trechos, quase que intransitáveis “está em andamento”. Como ocorre todos os anos será feito um trabalho paliativo durante o verão amazônico (seca), que está iniciando, que será destruído no próximo inverno, porque é necessário restaurar e não somente recuperar, tapar buracos +++ A aplicação da segunda dose da vacina CoronaVac está suspensa em Porto Velho e Ariquemes. É que nenhum dos dois municípios têm estoques suficientes para atender a demanda +++ A situação será regularizada na próxima semana com a chegada de novas remessas. Assim espera o grupo que aguarda pela segunda dose, que é fundamental para o controle e combate ao coronavírus +++ A Energisa garantiu ao Hospital de Base de Porto Velho 30% a mais dos leitos de UTIs no Estado. São 56 novas vagas e ajudará a desafogar o sistema que estava colapsado em razão da pandemia +++ É uma outra forma de a Energisa gerar “energia” para a população, que depende de UTI no caso de contaminação com o vocid-19. Devido a carência de leitos de UTI no Estado, problema que também ocorre na maioria dos estados brasileiros a ajuda da Energisa é realmente uma luz no fim do túnel...
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