Waldir Costa / Rondoniadinamica
Publicada em 01/05/2021 às 10h46
As eleições gerais do próximo ano, quando serão eleitos presidente da República, governadores e respectivos vices; um dos três senadores de cada Estado da Federação, Câmara Federal e Assembleias Legislativas a cada semana movimenta com maior intensidade os bastidores da política. E um dos assuntos predominantes é a vaga ao Senado, hoje ocupada pelo senador Acir Gurgacz, que preside o PDT no Estado.
A busca pela cadeira de Acir, que deverá concorrer ao governo do Estado, caso esteja legalizado junto à Justiça Eleitoral, o que não ocorreu nas eleições de 2018, quando lutou até o último dia, mas não conseguiu registrar sua candidatura a governador é grande. Nomes dos mais expressivos estão na lista de prováveis candidatos, todos experientes e comprovadamente bons de votos.
O Podemos presidido no Estado pelo deputado federal Léo Moraes deverá fechar questão com o PSB, que tem no comando do diretório regional o deputado federal Mauro Nazif, que recentemente teve problemas cardíacos e provavelmente concorra à reeleição, pois é muito querido junto ao funcionalismo público federal. Concorrer ao Senado não seria conveniente para Nazif, pois exige uma campanha forte, menos indicada a quem precisa cuidar melhor da saúde.
A princípio Léo Moraes é o nome do Podemos/PSB para o governo do Estado tendo o ex-prefeito de Ji-Paraná e ex-deputado estadual, Jesualdo Pires como candidato a vice. Mas não estaria descartado o nome de Léo Moraes ao Senado e Jesualdo Pires, concorrendo ao governo, tendo como vice a ex-vereadora de Porto Velho, Cristiane Lopes, que disputou o segundo turno das eleições à prefeitura da capital com Hildon Chaves (PSDB), que foi reeleito. Um “casamento” quase que perfeito de políticos bons de votos da capital e do interior.
O PP vem forte para as eleições do próximo ano. Além do ex-prefeito de Rolim de Moura (dois mandatos seguidos), ex-governador (dois mandatos seguidos) e ex-senador Ivo Cassol, que garante ter condições legais para concorrer em 2022, sua irmã, a deputada federal e presidente regional do partido, Jaqueline Cassol é o nome para o Senado. Uma dobradinha com o irmão, que é bom de voto seria a garantia de uma cabeça de chapa das mais respeitáveis eleitoralmente.
Outro nome com enormes condições de sucesso nas eleições de 2022 é do empresário de Vilhena, Jaime Bagattoli, do PSL. Ele foi candidato ao Senado em 2018 e, mesmo sem nunca ter disputado eleições foi o terceiro mais bem votado somando 212.077 votos, perdendo a segunda vaga para o ex-governador Confúcio Moura (MDB), por 18.284 votos. Bagattoli foi a sensação das eleições ao Senado em 2018 e certamente será um “osso” duro de roer nas eleições do próximo ano.
O MDB perdeu muito espaço político, após a votação pífia (80.370 votos) em 2018 do ex-senador Valdir Raupp, durante anos a maior expressão do partido no Estado e com amplo destaque nacional. Na convenção para escolha dos candidatos houve uma confusão na sede do partido em Porto Velho, quando foram homologadas as candidaturas do ex-deputado estadual e ex-presidente da Assembleia Legislativa (Ale), Maurão de Carvalho ao governo e de Raupp à reeleição. Na ocasião Confúcio Moura impôs sua candidatura ao Senado e o MDB, com dois candidatos elegeu somente Confúcio, assim mesmo no maior sufoco, pois obteve pouco mais de 18 mil votos a mais que Bagattoli.
Hoje o MDB não tem um nome em condições de concorrer ao Senado e o ex-senador tem problemas de inelegibilidade. Confúcio deverá disputar o governo do Estado. A não ser que Raupp resolva colocar novamente seu nome na disputa da vaga e resolva pendências judiciais.
O PT, após a prisão de Lula e a cassação de Dilma da presidência da República reduziu muito o espaço político. Recentemente o partido perdeu o deputado estadual Lazinho da Fetagro, de Jaru e o ex-prefeito de Porto Velho, Roberto Sobrinho. Ambos deixaram o partido. Hoje o nome de maior expressão é do professor universitário, Ramon Cujuí, que concorreu a prefeito de Porto Velho em novembro de 2020, causou ótima impressão, mas não conseguiu votos suficientes para se caracterizar como uma nova liderança do partido.
A expectativa é que a ex-senadora Fátima Cleide, que sempre esteve entre os nomes expressivos do partido, desde os tempos dos saudosos Odair Cordeiro e do ex-deputado federal Eduardo Valverde, seja a candidata do partido ao Senado, tendo Cujuí como pretendente ao governo do Estado. Seria uma maneira mais segura para o partido retomar ao menos parte do espaço que perdeu, e ter chances de sucesso nas eleições de 2022, pois ambos são ficha limpa e Fátima tem um ótimo trabalho realizado junto a área de educação, na sua passagem pelo Senado.
O ex-senador Expedito Júnior, que durante anos presidiu o PSDB em Rondônia é um nome expressivo e em condições de vitória nas eleições ao Senado de outubro do próximo ano. Nas últimas três eleições Expedito disputou o governo do Estado e não obteve sucesso. Caso tivesse optado pelo Senado certamente não estaria sem mandato, mas insistiu em disputar o cargo de governador em 2014 e em 2018 sendo derrotado nos segundos turnos por Confúcio Moura e o atual governador Marcos Rocha, na época no PSL, respectivamente.
A única vaga do Senado em Rondônia promete ser intensa disputa entre os nomes de maior expressão no Estado, que estão em condições de concorrer ao cargo. Se as eleições a governador onde despontam quase uma dezena de nomes significativos prometem ser equilibradas e sem chances de vitória no primeiro turno, a única vaga ao Senado também deverá provocar uma intensa concorrência na busca do voto do eleitor.
A pluralidade de opções demonstra que teremos eleições das mais disputadas ao Senado, o que é bom para o eleitor, que terá inúmeras opções para definir seu voto.
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