Redação
Publicada em 05/05/2021 às 15h25
A conturbada participação das mulheres senadoras na CPI da Pandemia no Congresso tem sempre um episódio polêmico registrado no dia-a-dia da comissão. Hoje, durante a convocação do ex-ministro da Saúde, Nelson Teich, a bancada das mulheres voltaram a protestar contra a não indicação de uma delas na comissão, que hoje possui 11 titulares e 7 suplentes.
Ao perceber a insistência da bancada feminina, o senador rondoniense Marcos Rogério (DEM-RO), que é vice-líder do Governo no Senado, partiu pra cima em defesa do presidente Jair Bolsonaro: “O que se busca aqui é engrossar o coro daqueles que querem dar peia no presidente Bolsonaro”, disse ele, iniciando daí um bate-boca com as mulheres que pediram voz e vez na CPI.
Após o bate-boca, a sessão foi interrompida e retomada momentos depois pelo presidente da comissão, Omar Azziz (PSD – AM), que garantiu o direito de fala à senadora Elziane Gama (Cidadania – MA). Falando em nome das colegas, Elziane diz não entender o motivo do medo dos senadores da CPI às vozes femininas. A questão da participação das mulheres será decidida ainda hoje pela comissão.
O tema da (não) participação femina na CPI da Pandemia teve opiniões divergentes. O senaddor Ciro Nogueira (PP – PI) disse que não houve acordo para a participação delas na comissão e, caso tenha havido um erro das lideanças não indicar as mulheres, a culpa não era da comissão.
A líder da bancada feminina, Simone Tebet (MDB – MS) discordou de Ciro e afirmou que na reunião de ontem 04.05, ficou acordado que as mulheres teriam direito de participar das reuniões, e que receberam uma concessão de que teriam o direito de serem as primeiras na lista. A questão, no entanto, não foi deliberada e, por isso, ainda não produz efeitos, rebateu Ciro Nogueira.
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