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Publicada em 06/05/2021 às 16h28
Procurado na semana passada pelo governador de Rondônia, o bolsonarista Marcos Rocha (PSL), Jair Bolsonaro deve atender ao pedido do aliado e enviar a Força Nacional de Segurança Pública para atuar no estado contra a Liga dos Camponeses Pobres, movimento classificado como “terrorista” pelo presidente em um discurso para pecuaristas no fim de semana. Quem está por dentro das tratativas diz que a autorização de Bolsonaro é apenas uma questão de tempo. O Ministério da Justiça, responsável pela corporação, já estuda onde montar uma base no estado. Bolsonaro, aliás, viaja nesta sexta para inaugurar uma ponte entre Rondônia e o Acre.
Rocha viajou até Brasília e, antes de falar com Bolsonaro na quinta-feira, se reuniu com o ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, e com o secretário de Assuntos Fundiários, Nabhan Garcia. E deixou uma forte impressão. “Esses caras estão aterrorizando o estado de Rondônia. São invasões de propriedade, e toda invasão é crime, mas uma é uma situação extremamente grave, porque saem destruindo tudo, queimando casa, benfeitorias, currais, armazéns, banca de inseminação artificial, espancando funcionários da fazenda”, afirmou Nabhan ao Radar.
Nas palavras do secretário, o grupo — que surgiu em 1995 após o Massacre de Corumbiara, em dissidência ao MST — atua dentro da selva e tem seu modus operandi idêntico aos das Farc, da Colômbia.
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