Extra
Publicada em 17/05/2021 às 15h15
O caso de morte do menino Henry Borel de Almeida, de 4 anos, teve uma ampla repercussão nos dois últimos meses e gerou forte comoção nacional. Responsável por integrar a equipe que participou das investigações do inquérito, o delegado Antenor Lopes Martins Junior, concedeu uma entrevista ao jornal “Extra”, e trouxe detalhes dos bastidores encontrados pela Polícia Civil na apuração.
Também diretor do Departamento-Geral de Polícia Civil do Rio de Janeiro, Lopes informou que foi procurado pelo delegado Henrique Damasceno, titular da 16ª DP, que informou sobre a morte do menino, e desde o início já mostrava desconfiança de que o caso poderia se tratar de um homicídio.
Aprofundando as investigações, as autoridades constataram divergências apresentadas pelo casal no comparativo com depoimentos de testemunhas e evidências encontradas no apartamento.
Cena impactante
Para Antenor, o cenário que mais despertou comoção nele durante as investigações foi encontrar o material escolar de Henry no apartamento.
“Quando eu peguei o lapizinho dele com o nomezinho dele, os caderninhos. Você sai carregando um peso enorme nas costas. Todo mundo que trabalhou no caso ficou algumas noites com dificuldade de desligar a mente. Só pensando nisso, pensando, pensando, pensando”, contou o delegado.
Depois de semanas de incansáveis investigações, a Polícia Civil conseguiu reunir toda a documentação do inquérito e encaminhar o caso para Justiça. Monique e Jairinho, que cumpriam prisão temporária, tiveram a detenção convertida em preventiva, sem a possibilidade de serem colocados em liberdade durante do processo.
O parlamentar está em uma cela coletiva com outros cinco presos no Bangu 8, enquanto Monique teve pedido acatado para ficar em um espaço isolamento no Instituto Penal Ismael Sirieiro.
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