José Luiz Alves
Publicada em 11/06/2021 às 09h00
Nova Mamoré: café para Rondônia e queijo para Bolívia
Cortado de ponta a ponta pela BR de 421 de chão batido que liga o município de Nova Mamoré com a BR 364 na região de Ariquemes, e, por via de conseqüência com o restante do País, ali, nos distritos de Jacinópolis e Nova Dimensão, separados pelo Parque de Preservação Ambiental de Guajará-Mirim, o café começa a se destacar nas pequenas e medias propriedades rurais, onde cada hectare cultivada apresenta uma produção de 150 sacas de 60 quilos gerando grãos de ótima qualidade e formação, conforme revela o técnico do Serviço Nacional de Assistência Rural (Senar) Clebiomar dos Santos
O município de Nova Mamoré, com 10.072 quilômetros quadrados, habitado por 30 mil habitantes, nas áreas rurais e urbanas que também se interliga com Porto Velho pelas BRS 364 e 425, puxado na esteira pela produção de leite, mais de 130 mil litros/dia, vem o café computando com um rebanho bovino com 700 mil cabeças que se destaca pela presença alicerçada na economia rural. Com uma média de 3 habitantes or quilômetros quadrado, 1.166 famílias desenvolvem suas atividades na pecuária leiteira, de acordo com os dados apresentados pelo presidente do sindicato rural, Natã Feliciano da Silva.
Naquela região incrustada entre o Brasil e Bolívia, uma peculiaridade chama atenção dos visitantes: Todas às quinta-feira, três veículos frigorificados de origem boliviano que apanham em três localidades determinadas cinco toneladas de queijo artesanais, cada um, produzidos nas propriedades rurais, pagando a vista R$ 16,50, o quilo do produto.
Não existe nenhuma irregularidade neste tipo de negócio, a base alimentar dos bolivianos é o queijo salgado, como o preço do leite está em baixa no território rondoniense, para os produtores rurais do lado de cá tendo prejuízo na comercialização com os laticínios, nada mais justo do que industrializar de maneira artesanal o leite e negociar com os vizinhos que adquirem e pagam a vista sem pechinchar. Na realidade, é um bom negócio para todos os lados conforme frisa, Natã Feliciano da Silva, falando em nome do sindicato rural de Nova Mamoré.
Apoio Oficial
Priorizando as áreas produtivas de pequenos e médios proprietários rurais em Nova Mamoré, profissionalizando agricultura familiar, o gerente técnico e gerencial do Senar, Juvenildo Jovino da silva, aposta no desenvolvimento econômico e social daquele município exatamente pela diversificação de tudo que produz no campo. Com este ponto de vista concordam o Secretário de Agricultura, Evandro Padovani e o diretor técnico do Sebrae, Samuel Almeida, que numa ampla parceria desenvolvem projetos de apoio para desenvolver agricultura naquela região.
Evitando conflitos
A Secretaria de Agricultura, conforme expõe Evandro Padovani, vem liberando calcário para consolidar a produção de grãos e bovinos naquele município. Outra preocupação oficial trata-se da regularização fundiária, mesmo que sem conflitos no campo, ali, 70% das áreas produtivas ainda permanecem sem títulos definitivos pelos levantamentos apresentados pelo sindicato rural de Nova Mamoré.
Segurança no Parque
No trecho de 10 quilômetros da BR 421 interligando os distritos de Nova Dimensão, Jacinópolis e Palmeira ao município de Ariquemes ligando com a BR 364 cortando o Parque de Preservação Ambientam Guajará-Mirim, a presença das policias militar e ambiental, tornam a passagem pela região agradável, confortável e segura para os que amam a natureza. Das 6:00 horas da tarde à 6:00 da manhã, naquele pedaço de chão coberto de matas verdes e abrigando animais silvestres o trafego de veículos e interrompido e fiscalizado com rigor pelos militares para que os bichos possam desfilar e se deslocar a vontade durante a noite. A segurança no Parque inibe a presença de gente com vida torta surjam na região.
Regularização fundiária
Na segunda-feira 21 de junho, o Secretário Nacional de Regularização Fundiária, Nabam Garcia estará em Ji-Paraná, no Parque de Exposições Hermínio Victorelli, apresentando aos produtores rurais os projetos do governo federal para evitar invasões em áreas produtivas em Rondônia. No estado existem quatro propriedades invadidas pelos “Sem Terras” com prejuízos incontáveis. Com certeza haverá muita cobrança e explicações.
Suspensa
O Secretário de Agricultura, Evandro Padovani, explica que o governador Marcos Rocha, por uma questão de segurança na área de saúde da população determinou a suspensão da Rondônia Rural Show, transferindo o evento para o ano que vem. Vamos e venhamos, neste momento de pandemia, a decisão do governador foi acertada.
Até a próxima
Bom final de semana, se tudo correr como programado estaremos aqui na próxima, com outras informações, até lá!
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