G1
Publicada em 17/06/2021 às 09h29
O presidente de Botsuana, Mokgweetsi Masisi, e a empresa Debswana, que extrai pedras preciosas no país, anunciaram a descoberta do terceiro maior diamante do mundo, com 1.098 quilates.
Ele mede 7,3 cm de comprimento, 5,2 cm de largura e 2,7 cm de espessura e ainda não ganhou um nome.
A pedra foi encontrada em 1º de junho na mina Jwaneng e exibida à imprensa na capital Gaborone na quarta-feira (16).
O maior diamante conhecido do mundo é o "Cullinan", de mais de 3.100 quilates, que foi encontrado na África do Sul em 1905.
O segundo maior, de 1.109 quilates, foi encontrado em 2015 na mina de Karowe, nordeste de Botsuana, que é maior produtor africano de diamantes.
"É o maior diamante já encontrado pela Debswana em sua história de mais de 50 anos de operação", afirmou Lynette Armstrong, diretora-gerente da Debswana Diamond Company, ao exibir a pedra ao presidente.
A Debswana é uma empresa do governo de Botsuana e da De Beers, que pertence à mineradora Anglo American.
Diamantes e pandemia
O ministro de Minerais do país, Lefoko Moagi, disse que a descoberta da pedra não poderia ter acontecido em melhor hora, porque a pandemia de Covid-19 atingiu as vendas de diamantes em 2020.
A produção da empresa caiu 29% no ano passado (para 16,6 milhões de quilates) e as vendas caíram 30% (para US $ 2,1 bilhões), com o impacto tanto na produção quanto na demanda.
Neste ano, a Debswana planeja aumentar a sua produção em até 38% (para 23 milhões de quilates, nível pré-pandemia), à medida que o mercado global de diamantes se recupera com a redução das restrições de viagens e a reabertura de joalherias.
O governo de Botsuana recebe até 80% da receita das vendas de Debswana por meio de dividendos, royalties e impostos.
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