Rondoniadinamica
Publicada em 23/06/2021 às 11h23
Porto Velho, RO – As novidades chegam a Rondônia de maneira muito palatável ao gosto do eleitorado, que, por sua vez, não gosta de experimentar aos poucos. Quer, na realidade, comprar de carrada.
Logo, dentro do mundo político regional, não existe fracasso parcial nem sucesso restrito: é oito ou oitenta, vai ou não vai.
Quando Jair Bolsonaro resolveu lançar-se à Presidência da República, à época pelo PSL, surgiram nas terras de Rondon cidadãos e cidadãs empunhando bandeiras idênticas.
Suas credenciais sequer eram conhecidas pelo grande público, mas este, ainda assim, resolveu apostar nos desconhecidos em nome da simbiose pavimentada entre eles o atual regente do Planalto.
Assim nasceram pelo menos quatro autoridades: Marcos Rocha, governador; José Atílio Salazar Martins, o Zé Jodan, vice; e os deputados Eyder Brasil, estadual, e Coronel Chrisóstomo, federal.
Além deles, Jaime Bagattoli, pecuarista de Vilhena, quase passou o veterano Confúcio Moura, do MDB, na disputa pela segunda vaga rondoniense no Senado Federal, tamanha a força daquela onda momentânea, tão transitória quanto todas as outras dentro do mundo político.
Em suma, o verdadeiro teste em 2022, nas eleições que devem ocorrer em outubro, deixará claro se a sociedade está contente com essa modalidade extraída do conservadorismo brasileiro ou se há espaço para a assunção dos progressistas ao Poder.
Historicamente, a única pessoa mais próxima à esquerda a mandar no Palácio Rio Madeira é Daniel Pereira, ora em stand-by, potencial concorrente no ano que vem embora não toque no assunto objetivamente. Na ocasião, pertencia aos quadros do PSB (Partido Socialista Brasileiro), porém, em seguida, rumou ao Solidariedade onde está até hoje.
Entretanto, Pereira assumiu porque Confúcio Moura, o titular, renunciou para disputar espaço no Congresso Nacional. Resumidamente, não foi escolhido diretamente para a função a despeito de tê-la exercido por quase um ano.
Isto, especificamente, tem a ver com personalidade que contempla o ideário social de fato. Agora, levando em conta significados de legendas, há os ex-governadores Ivo Cassol e João Cahúlla, porque a dupla já foi filiada ao extinto PPS (Partido Popular Socialista), atual Cidadania. A sigla é presidida nacionalmente por Roberto Freire e em Rondônia pelo advogado Vinícius Miguel, da Superintendência Municipal de Integração e Desenvolvimento Distrital (SMD) na gestão Hildon Chaves (PSDB).
Como findou o prazo de experiência, está na hora do questionamento:
Quais as chances de a esquerda governar Rondônia via voto popular?
E, se não for a esquerda, existe alguma possibilidade de outro eixo da direita dar as cartas?
A figura do presidente Jair Bolsonaro ainda tem força para influenciar na contenda local? E se influenciar, será positivamente para seus apoiadores como foi em 2018 ou haverá déficit de engendramento?
São questionamentos que precisam de respostas desde logo a fim de que a postura de obtenção de pacotes fechados, ou defenestração do todo, enfim, esse exagero coletivo de sempre, mantenha ciclos incompletos administrativos e legislativos.
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