Notícia ao Minuto - Portugal
Publicada em 23/06/2021 às 16h13
Em comunicado, Áder afirmou que a lei não contém qualquer disposição que determine como deve viver um maior de idade e não fere o direito ao respeito da vida privada, consagrado na Constituição.
A lei, aprovada a 15 de junho, desencadeou duras críticas por parte de 15 países da UE e também da presidente da Comissão Europeia (CE), Ursula von der Leyen, que considerou o diploma "uma vergonha".
Áder, um dos fundadores do Fidesz, o partido do primeiro-ministro no poder, o ultranacionalista Viktor Orbán, assegurou ainda que a lei não limita os direitos constitucionais dos maiores de idade e amplia as obrigações em relação à defesa dos menores de 18 anos.
Entretanto, 15 países da EU, entre os quais Alemanha, França, Itália e Espanha, expressaram numa declaração conjunta "profunda preocupação" em relação ao diploma e pediram à CE que use "todos os instrumentos ao seu dispor" para garantir o respeito dos direitos de todos os cidadãos da UE.
Por sua vez, o Governo húngaro classificou em comunicado as críticas como "uma vergonha, já que assentam em acusações falsas" e reiterou que a lei foi aprovada para proteger os direitos dos menores e que fornece garantias para que os pais decidam sobre a educação sexual dos seus filhos.
A oposição progressista da Hungria, várias organizações não-governamentais, grupos de defesa dos direitos LGBTQI (lésbicas, 'gays', bissexuais, transgénero, 'queer' e intersexuais) e os meios de comunicação social independentes do país classificam a lei como homófoba, ao ligar a homossexualidade à pedofilia.
URL: https://rondoniadinamica/noticias/2021/06/presidente-da-hungria-promulga-lei-polemica-sobre-homossexualidade,106481.shtml