Rondoniadinamica
Publicada em 17/07/2021 às 09h25
Porto Velho, RO – Apesar das campanhas de vacinação e esforços envidados para o tratamento de pessoas acometidas pelo novo-velho Coronavírus (COVID-19/SARS-CoV-2), Rondônia, por exemplo, já conta com 6,3 mil mortes registradas só por causa dos seus desdobramentos.
E aí, a despeito de o atual regente do Palácio Rio Madeira ser o Coronel Marcos Rocha, sem partido, certamente prefeitos dos 52 municípios também devem se mobilizar – direta ou indiretamente –, para 2022, com aliados postulando cargos de deputado estadual, federal, senador da República e etc.
Isso inclui certamente até mesmo secretários, superintendentes e diretores de Estado. O próximo pleito, de fato, não é de interesse exclusivo de Rocha, que pretende, óbvio, o mesmo que todos os seus antecessores, exceto Daniel Pereira: a reeleição.
Porque ano que vem é logo ali, e, apesar do cenário mórbido patrocinado pela enfermidade, esta que, por sua vez, quando não leva ao óbito deixa marcas profundas tanto psicoemocionais quanto sequelas físicas, diga-se de passagem, o assunto será basicamente esse.
Como em política o clichê “quem está fora quer entrar”, eternizado por Dominguinhos, é quase verdade absoluta, as ofensivas externas recairão como bombardeio em qualquer um dos agentes públicos.
Marcos Rocha, por exemplo, não conseguiu sequer comemorar direito a eleição de 2018. E do começo do ano seguinte até fevereiro de 2020 pôde usufruir da governança plena executando paulatinamente sua concepção sobre como deveria ser a Administração Pública.
Porém, naquele mês de Carnaval o primeiro caso da COVID-19 é registrado no Brasil; no mês seguinte, em Rondônia. E de lá pra cá a missão dele e de praticamente todo o primeiro escalão do Executivo estadual é lidar com isso.
Não é exclusividade. Isso vale para todos os gestores do mundo.
E todos eles, sem ressalvas, terão de lidar com isso no momento em que o conteúdo for lançado nos debates. A população, que sofreu e ainda sofre, não aceitará de quem quer que seja o Coronavírus como “muleta” retórica.
Ou seja, quem tiver bala na agulha para mostrar quando cobrado por ações práticas se sobressairá galgando maiores chances de manutenção no Poder.
Regionalmente ainda há outro ponto importante a ser levado em conta na análise: Marcos Rogério, do DEM, senador da República e membro governista da CPI da Pandemia, quer entrar no jogo como peça-chave de uma suposta cisão do bolsonarismo regional.
Aliado do presidente Jair Bolsonaro, também fora de legenda, Rogério mantém nebuloso o cenário que envolve a possibilidade de apoio direto lançado à sua hipotética candidatura ao Palácio Rio Madeira. E isto justamente porque o mandatário do Planalto é amigo e parceiro administrativo de Marcos Rocha.
E se Marcos Rogério for candidato, como explorará o tema Coronavírus sem que este respingue também em Bolsonaro, a quem defende com unhas e dentes em Brasília? Fica o questionamento à posteridade.
No mais, as contendas já se desenham por esses lados, e, como afirmado logo acima neste editorial, o tópico será o mote essencial dos partícipes que buscam o aval da sociedade rondoniense.
Que se preparem, pois, para os encontros de argumentos e réplicas.
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