Rondoniadinamica
Publicada em 31/07/2021 às 10h11
Porto Velho, RO – O mundo ainda respira os desastrosos efeitos causados pelo Coronavírus (COVID-19/SARS-CoV-2). Como o Rondônia Dinâmica já veiculou, a pandemia certamente será a tônica do debate público promovido a fim de prestar subsídios à sociedade na hora do voto em 2022.
O atual governador, Coronel Marcos Rocha, ainda sem partido, tentará se manter nas rédeas do Palácio Rio Madeira por mais quatro anos: na outra ponta, todos os adversários farão o óbvio, ou seja, tentarão puxar o tapete do regente administrativo usando como mote a maneira com a qual seu estafe lidou com o vírus.
Se a gestão foi satisfatória na visão da população, certamente Rocha será conservado onde está; caso contrário, amargará o primeiro revés eletivo da vida.
Dito isto, é preciso ressaltar que o vale-tudo começou exatamente no dia em que o ex-governador e ex-senador Ivo Cassol decidiu que seria muito importante divulgar para o mundo inteiro que faíscas de solda seriam, na visão dele, potencial imunizante contra a doença.
Para todos os efeitos, diga-se de passagem, a atitude fora, para muito além da inconsequência infantil, provavelmente um dos atos mais abjetos já lançados por políticos, regionalmente falando.
Ainda assim, como marketing, enfim, estratégia de autopromoção, usando a analogia da tartaruga que se esconde dentro do próprio casco, Narciso, para o bem ou mal, apareceu, colocou a cabeça para tomar ar fresco como quem grita ao mundo: eu estou aqui!
Se postulante ou não, aí cabe a Justiça decidir. Por ora, os noticiários o inserem no tabuleiro só pelo fato de existir a mínima possibilidade. E essa alternativa encontra guarida junto à realidade porque seu nome, muito popular, recebe reiteradas adesões no mundo virtual em todos os conteúdos onde é citado.
Outro arquétipo de agente em stand-by se esgueirando pelas bordas com intenção de regressar ao mundo de quem dá as cartas é Maurão de Carvalho, ex-presidente da Assembleia Legislativa (ALE/RO). Também bem referendado pelo eleitorado que anos a fio o inseriu no seio do Legislativo estadual, o emedebista aparentemente cansou do hiato de hibernação reflexiva após a derrota em 2018 ainda no primeiro turno.
Tem perfil forte no quesito administrativo e pode incomodar quaisquer outros sujeitos que eventualmente intentem correr na direção do Poder estadual.
Outra figura fortíssima na penumbra está ligada à Região Central de Rondônia: Jesualdo Pires, que já comandou a fortíssima Ji-Paraná como prefeito e ainda ocupou assento na ALE/RO, assim como Maurão, destacou-se pelas hostes em que percorreu como homem público.
Foram dois mandatos no Legislativo: nos quatro anos iniciais ocupou a 1ª Secretaria da Mesa Diretora à época e inaugurou a devolução de recursos sobressalentes ao Estado de Rondônia.
À ocasião, o orçamento da ALE/RO era de R$ 100 milhões ao ano, e ao final do primeiro mandato, ou seja, quatro anos, fora exatamente esta a quantia devolvida para o Governo do Estado utilizar com outras coisas. Jesualdo tem a seu favor não ser alvo de ações cíveis ou criminais envolvendo corrupção: suas contas, inclusive, foram aprovas pelo Tribunal de Contas (TCE/RO).
Por fim, três nomes precisam ser tratados como novatos porquanto ainda não alçaram suas credenciais à condição de eleitos: aí restam Jaime Bagattoli, o pecuarista muito bem votado nas eleições de 2018 (perdeu apenas para os eleitos Marcos Rogério e Confúcio Moura); Vinícius Miguel, o campeão de votos nas eleições de 2018 no quesito Capital; e Ramon Cujuí, que hoje ilustra o novo rosto do PT.
Cujuí, no caso, ficou em 8º lugar numa eleição com 15 nomes, à frente inclusive do candidato bolsonarista, antagonista de sua legenda, – e detentor de mandato – Eyder Brasil.
São personagens que os cidadãos e cidadãs já conhecem: alguns já foram testados em funções públicas, ordenando despesas; os outros, por outro lado, ainda querem assumir tais postos e mostrar às pessoas o seu valor.
Agora, é olhar para as peças e como estão distribuídas e... escolher.
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