João Antônio Alves/Secom
Publicada em 04/09/2021 às 11h00
Com atuação na ciência, a Superintendência da Polícia Técnico-Científica (Politec), é responsável pela perícia oficial criminal no Estado por meio de investigações. Em uma cena de crime, também é responsável pela coleta, processamento e análise dos vestígios. Atualmente, a Politec conta com 90 peritos atuantes no Estado, nas fronteiras com a Bolívia e divisas entre os estados do Amazonas, Mato Grosso e Acre.
Há seis anos, por determinações de órgãos da Justiça, a Superintendência se desvinculou da estrutura da Polícia Civil, sendo o 19º Estado a aderir a mudança. Com a alteração, inúmeros avanços foram obtidos para melhoria na gestão dos serviços periciais, como a normatização de procedimentos, o Sistema informatizado de Laudos (Siscop) e a implantação de novos exames periciais.
De uma forma simplificada, os peritos criminais podem ser definidos como profissionais que trabalham para desvendar crimes na busca da chamada “verdade real”. Para isso, é necessário ciência, tecnologia e informações específicas. A prova pericial tem peso diante de qualquer outro tipo de prova.
“O nosso papel é a ciência em prol da justiça. As pessoas pensam que a justiça em si condena alguém, mas a materialidade e a autoria de um crime são dois elementos que a Politec define durante todo o processo de investigação”.
A atuação dos profissionais da Politec é direcionada por diferentes setores fundamentais no processo das operações policiais, como: Direção Adjunta, Corregedoria, Gerência Administrativa e Financeira (GAF); que possui dois núcleos, sendo um de Finanças e outro de Recursos Humanos. Há também setores do Instituto Criminalista (IC), Instituto Laboratorial Criminal (ILC), Instituto de DNA Criminal (Idnac), Coordenadoria Regional de Criminalística (Ccrim), Conselho Superior de Gestão da Polícia Técnico-Científica (Consugespol) e, em fase de implantação, o Instituto de Central de Custódia de Vestígios.
CAMPANHA “DESAPARECIDOS”
Além do trabalho na área criminal, a instituição disponibiliza outros serviços para à sociedade. A Campanha Nacional “Desaparecidos”, por exemplo, tem a finalidade de estimular o cidadão, com familiar desaparecido, a ir até à Polícia Técnica e realizar o procedimento de coleta de sangue para deixar armazenado. O material coletado facilita a identificação em casos específicos e pode ser comparado com o do desaparecido.
De acordo com Domingos Sávio, cerca de 80 mil pessoas desaparecem por ano, no Brasil. “No último censo feito em Rondônia, mais de duas mil ocorrências foram registradas com desaparecimento de entes familiares. A grande maioria da população não sabe que oferecemos o serviço de chamamento de familiares que tiveram esses parentes desaparecidos”.
EM BUSCA DA JUSTIÇA
Domingos Sávio comenta ainda que, ser um perito exige “motivação e busca pela justiça. Apesar de todas as dificuldades nessa área, essa busca precede tudo. Trabalhar em prol da sociedade é gratificante. Somos agentes que executam as políticas públicas”, finaliza.
URL: https://rondoniadinamica/noticias/2021/09/atuacao-da-politec-na-resolucao-de-crimes-e-reforcada-pelo-governo-de-rondonia,112400.shtml