AFP
Publicada em 06/09/2021 às 08h55
A Justiça de Belarus condenou, neta segunda-feira (6), uma das principais figuras da oposição do país, Maria Kolesnikova, que liderou os protestos contra o presidente Alexander Lukashenko em 2020, a 11 anos de prisão por considerá-la culpada de atentar contra a segurança nacional.
Tanto ela como seu advogado, Maxim Znak, também condenado a 10 anos de prisão, foram acusados de conspirar para tomar o poder e de convocar ações que atentavam contra a segurança nacional.
As sentenças foram anunciadas pela equipe de Viktor Babariko, outro opositor detido para quem Kolesnikova havia trabalhado.
Lukashenko, frequentemente mencionado como o último ditador da Europa, controla a Belarus desde 1994, quando caiu a União Soviética.
Dissidentes presos antes do julgamento
Os dois dissidentes estavam detidos há 11 meses e no início de agosto começaram a ser julgados em um processo a portas fechadas, sobre o qual poucas informações foram divulgadas.
Kolesnikova, 39 anos, era uma das três mulheres à frente do movimento de protesto contra Lukashenko, ao lado de Svetlana Tikhanovskaya, candidata que disputou a presidência, e de Veronika Tsepkalo.
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A mobilização começou em agosto de 2020 para protestar contra a reeleição - que a oposição alega ter sido obtida com fraude - de Lukashenko, que está no poder desde 1994.
O regime reprimiu com violência o movimento histórico, com milhares de detenções, exílios forçados e o fechamento de organizações políticas, meios de comunicação e ONGs.
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