AFP
Publicada em 23/09/2021 às 09h45
O primeiro-ministro australiano, Scott Morrison, admitiu que o presidente francês, Emmanuel Macron, se mostra distante após a crise dos submarinos, mas prometeu ser "paciente" para restaurar as relações com a França.
Em declarações em Washington, Morrison afirmou que tentou entrar em contato com Macron, mas que ainda não conseguiram conversar.
"Mas seremos pacientes. Entendemos sua decepção", declarou Morrison, uma semana depois de a Austrália romper, sem avisar, o contrato de compra de 12 submarinos franceses de propulsão convencional por 90 bilhões de dólares australianos (US$ 65 bilhões).
De modo paralelo à ruptura de contrato, a Austrália anunciou a compra de pelo menos oito submarinos de propulsão nuclear americano ou britânicos, após vários meses de negociações secretas, o que enfureceu o governo francês.
Em resposta, a França cancelou uma noite de gala em Washington que homenagearia as relações franco-americanas e convocou seus embaixadores em Washington e Canberra, acusando os dois países de uma "punhalada nas costas".
Desde então, os presidentes americano, Joe Biden, e francês, Macron, tentaram reduzir a tensão durante uma conversa telefônica de 30 minutos, que Biden considerou "amistosa".
A França prevê o retorno de seu embaixador a Washington na próxima semana, mas não anunciou nenhuma data para o retorno de seu representante a Canberra.
"A Austrália decidiu não prosseguir com um contrato de defesa muito importante. E sabemos que a França está decepcionada por esta decisão, o que é compreensível", declarou Morrison.
"Acredito que precisaremos de mais tempo para resolver estas questões que já foram solucionadas entre Estados Unidos e França".
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