Rondoniadinamica
Publicada em 30/09/2021 às 10h44
Porto Velho, RO – Pelo menos por enquanto a superlegenda que deve ser gerada com a eventual fusão entre PSL e DEM não quer nem saber de conferir apoio nacional à reeleição do atual presidente da República Jair Bolsonaro, ainda sem partido.
Procura, na verdade, um nome para fazer frente ao mandatário do Planalto nas eleições de 2022.
Com isso, pajés regionais como Marcos Rocha, que recém regressou às fileiras liberais, agora na condição de presidente estadual, e seu xará, Rogério, que é o cara do DEM no Senado, bem, estão com os destinos constritos pela vontade de quem manda mais na aldeia política: os caciques.
Luciano Bivar, presidente do PSL, e ACM Neto, que comanda os demistas, estão rumando para aquilo que hoje na imprensa se denomina como “terceira via”. Não sabem exatamente quem apoiar, porém rechaçam, veementemente – com algumas exceções entre filiados –, a possibilidade de prestar suporte a candidaturas de espectro esquerdista e/ou bolsonarista, como já mencionado.
Num contexto micro, rondoniense, claro, Marcos Rocha e Marcos Rogério podem ficar à deriva, isto vez que ambos são reconhecidos amigos do morador do Alvorada.
Não são autoridades ingênuas. Sabiam, obviamente, quais seriam as consequências da reestruturação entre legendas e como ela influenciaria em seus respectivos caminhos eletivos. Já calcularam danos colaterais, portanto, mensuraram previamente as sequelas dos passos dados.
Ocorre que nenhum dos dois pode deixar transparecer que pisou fora da bifurcação trilhada pelo presidente, vez que ambas as figuras se escoram no discurso e na ideologia desencadeadas e defendidas pelo ex-deputado federal que hoje manda no Brasil.
Parte da população rondoniense confia veementemente nessas propostas, sejam elas erradas ou corretas, e isto vai da consciência de cada um, mas, por enquanto, ficou claro que há uma adesão muito forte às credenciais de Messias e seus ideais.
Essa movimentação, que tem até cor e bandeirolas, demonstra, de certa maneira, uma tendência. E essa tendência, dependendo das próximas escolhas dos homônimos de prenome Rogério e Rocha, pode acabar os levando ao altar da redenção ou à ruína.
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