Abdoral Cardoso/Secom
Publicada em 29/10/2021 às 12h13
O Departamento de Relações Públicas e Cerimonial (DRPC) representa o Governo de Rondônia no evento on-line do XXV Congresso Nacional de Cerimonial e Protocolo (Concep) para discussão do tema “Cerimonial – Reflexões Para um Tempo de Mudanças”, realizado no período de 27 a 29 de outubro de 2021.
A conferência é um dos mais importantes eventos que congrega profissionais na área de eventos em geral, para transmissão de conhecimento sobre cerimonial, protocolo, etiqueta, organização de eventos e afins, e é coordenada pelo Comitê Nacional de Cerimonial e Protocolo (CNCP).
O evento oferecerá aos cerimonialistas de todo o Brasil, a oportunidade reflexão a respeito das práticas protocolares. A diretora do DRPC Rondônia, Rônima Correa, afirmou que está muito feliz em participar do Concep 2021, como representante do Estado e membro do Comitê Nacional de Cerimonial e Protocolo (CNCP), pois, no período, estará sendo abordado muito conteúdo, com temas repletos de embasamentos científicos, que “contribuirão para a melhoria do conhecimento e aperfeiçoamento profissional”.
O trabalho quase anônimo da equipe multifuncional do DRPC, já transpõe as paredes do edifício Rio Jamari, Palácio Rio Madeira (PRM), e sua importância foi lembrada na sessão plenária de terça-feira (26) da Assembleia Legislativa de Rondônia (ALE) pelo deputado Adelino Folador, ao destacar em seu discurso o Dia Nacional do Cerimonialista, comemorado dia 29 de outubro.
A data marca ainda a criação do Comitê Nacional do Cerimonial Público (CNCP), que tem por objetivo organizar e estimular o apoio, participação e integração de todos os profissionais da área de cerimonial e protocolo de eventos. Poucas pessoas, no entanto, segundo Rônima, têm noção das rotinas que antecedem à realização de um evento de cerimonial público e que demora dias organizado, com todo cuidado para que dê tudo certo no data da cerimônia.
Há uma diferença, entretanto, entre Cerimonial Público e Privado. O Público atua respeitando e executando o Protocolo, e o Privado atua por cortesia. “O maior desafio do cerimonial é fazer com que as autoridades reconheçam a existência de uma normativa e a respeite durante a solenidade”, explica.
NORMA PRÓPRIA
O Cerimonial Público é o único dos ramos que possui norma jurídica própria, criada por meio do Decreto 70.274/1972. Assinado no governo do ex-presidente Ernesto Geisel, o decreto rege até hoje as normas de Cerimonial Público no Brasil e instituiu a ordem geral de precedência – regras especiais por ordem de precedência das pessoas pelos cargos de direção que ocupam -, seguidas nos cerimoniais federais, estaduais e municipais, e recebeu mais tarde a incorporação dos símbolos nacionais brasileiros, regidos pela Lei 5.700, de 1º de setembro de 1971. O artigo 7º do decreto prevê que, no respectivo Estado, o governador, o vice-governador, o presidente da Assembleia Legislativa e o presidente do Tribunal de Justiça terão, nessa ordem, precedência sobre as autoridades federais.
A realização de um evento requer vários dias de trabalho com antecedência, envolvendo, inclusive, apoio de outras unidades do staff governamental, com confirmação de datas e locais de agenda de eventos; bom relacionamento com a Casa Militar, responsável pela coordenação das atividades de segurança de autoridades e ainda com a Superintendência de Comunicação (Secom) responsável pela cobertura midiática do evento.
Ações que, segundo Rônima, bem planejadas como se fosse “um evento dentro do outro, contribuem, também, para fortalecer a boa imagem e a comunicação institucional”.
O DRPC reúne informações, antes da elaboração de roteiros com ao menos três variáveis de dispositivos de funcionamento (A, B e C). Ainda assim, de vez em quando,. a equipe é surpreendida com chuvas e ventos no período do inverno amazônico, como aconteceu recentemente durante os preparativos para inauguração da ponte de concreto da RO-463, que interliga os municípios de Jaru a Jorge Teixeira.
O ato de uma solenidade, evento, DRPC é um elemento estratégico no desenvolvimento da atividade de Relações Públicas. O profissional de DRPC estabelece um bom relacionamento entre instituições, grupos, pessoas, consolidando um determinado conceito perante a opinião pública por meio da comunicação.
Um outro cuidado frequente é com o uso correto das bandeiras nacional, do estado e do município, respeitando o protocolo dos símbolos. A colocação das bandeiras é sempre à direita da mesa diretiva, e durante os testes é verificado o funcionamento da aparelhagem de som, a letra das músicas e outros áudios, afixação de faixas e fitas para descerramento no ato de inauguração, além de espaço para entrevistas e fotografias das autoridades.
As atividades não se encerram com o término de um evento. A equipe se reúne em seguida para avaliação dos trabalhos e ajustes para as próximas cerimônia. “Um feedback de tudo o que realizamos”, acrescenta Rônima.
PECULIARIDADES REGIONAIS
Em certos eventos de cidades do interior, às vezes é preciso, além de definir a ordem de precedência dos oradores, fazer o controle de tempo para o discurso. Pois a maioria das lideranças locais quer participar da mesa diretiva e discursar.
Os piores momentos da pandemia foram enfrentados com grandes inovações e a realização de eventos híbridos – presencial e de conferências em plataformas on line –, além da busca de novas alternativas para realização de eventos. “Esperamos que essas inovações permaneçam para abranger um maior número de pessoas com menores custos, pois tivemos também grandes aprendizados”. Relata a cerimonialista.
ETIQUETA
O conhecimento teórico e prático de três elementos é indispensável para a boa imagem de um evento: etiqueta, cerimonial e protocolo. A etiqueta, nada mais é do que o conjunto de regras de boas maneiras que resultam no comportamento das pessoas.
Muito mais ampla que o Protocolo e o Cerimonial, a Etiquea é cultura em todas as ações, em todos os níveis sociais e econômicos, possuindo um conjunto de formalidades adotado na sociedade que estabelece as regras de tratamento entre as pessoas, e que pode variar conforme a cultura local.
Por isso, a respeito do nível cultural e da idade, o ensino da etiqueta é muito importante e mais amplo do que saber regras de boas maneiras. Na verdade é lição de civilidade, é saber respeitar o semelhante, saber quais são os limites, cujo princípio fundamental é de nunca prejudicar e nem constranger o próximo, ter bom senso.
PRECEDÊNCIA
O protocolo de precedência, conforme a pedagoga e cerimonialista Lucymara Correia, da Associação Brasileira de Profissionais de Cerimonial (ABPC), dá maior credibilidade ao evento, pois conhecer o que tem que ser feito no desempenho da função liberta e torna pessoas iguais.Cerimonial é o conjunto de formalidades que se devem seguir num ato solene ou cerimônia pública, com a finalidade de dar-lhes ordem e evitar constrangimento entre as partes. É a forma de realizar um ato ou cerimônia, está baseado em costumes e ou tendências.
Atualmente, o cerimonial é um trabalho de relaçes públicas, ágil, flexível, dinâmico e prático, em que se misturam elementos do passado com as exigências do mundo contemporâneo.
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