Wilson Neves/Secom
Publicada em 03/11/2021 às 10h19
O Governo de Rondônia, por meio da Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril (Idaron), em parceria com o Fundo Emergencial de Febre Aftosa (Fefa) e Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), realizou no último fim de semana no Parque de Exposições Hermínio Victorelli, em Ji-Paraná, o 3º Fórum Rondoniense Responsabilidades Compartilhadas entre o setor público e privado para a manutenção da zona livre de febre aftosa sem vacinação, com reconhecimento internacional da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), ocorrido no dia 27 de maio de 2020.
“Esse é um momento histórico para Rondônia e também uma oportunidade de fazermos uma reflexão, como o próprio nome já diz: responsabilidades compartilhadas, o que cabe a cada um nesse processo. Eu costumo dizer que focar no problema, não revolve, temos que focar na solução, já que estamos todos do mesmo lado do balcão, pois nossas ações terão resultado muito mais eficaz se forem realizada de forma coletiva, na falta delas, os prejuízos serão coletivos, por isso da importância de compreendemos nossa responsabilidade nesse processo”, disse o presidente da Idaron, Júlio Peres.
O sucesso do evento, que lotou as dependências do Parque Exposições, é resultado de uma soma de esforços entre setor produtivo, por meio do Fefa, e Governo do Estado, por meio da Agência Idaron, que durante décadas implementaram ações para combater e prevenir a febre aftosa e outras doenças, como a brucelose, tuberculose e a raiva. “O preço da liberdade é a eterna vigilância. A Idaron tem por missão precípua a fiscalização. Nosso objetivo e dar, uma nova atenção a vigilância sanitária em Rondônia com ênfase na atenção epidemiológica para manutenção da zona livre sem vacinação, e essa simbiose entre produtor com o serviço veterinário oficial, precisa estar atenta, e acompanhar pari passo o setor produtivo para dar maior garantia ao processo”, declarou Júlio.
Para o vice-governador de Rondônia, José Jodan, essa condição sanitária, com a suspensão da vacinação, não encerrou as preocupações com a febre aftosa, pelo contrário, uniu ainda mais o setor público e privado no compartilhamento das responsabilidades para prevenção da doença em Rondônia.
“É preciso debater esse compromisso e delinear responsabilidades dentro das estratégias que devem ser adotadas pelo governo e pelo setor produtivo. Não queremos ameaças ao nosso patrimônio pecuário, em hipótese alguma. Nós temos que agradecer também ao nosso governador Marcos Rocha pela atitude de delegar poderes e cobrar resultados e, acima de tudo, colocar pessoas da mais alta competência, como o Júlio Peres, presidente da Idaron, pois o resultado da competência e da aplicação dos recursos trouxe esse resultado fantástico ao estado de Rondônia”, reconheceu José Jodan.
O presidente do Fundo Emergencial de Febre Aftosa (Fefa), José Vidal Hilgert, explicou que para manter o status em Rondônia, o governo estadual, por meio da Idaron, e a Fefa adotaram uma série de medidas preventivas, com foco principal na vigilância sanitária e na vacinação por mais de 20 anos, devido o alto poder de difusão do vírus e aos impactos econômicos provados pela doença. Nesse contexto, houve reforço nas medidas educativas e preventivas que resultaram na manutenção da saúde do rebanho.
“Hoje de fato estamos comemorando a consolidação de um trabalho de mais de 20 anos, que é a retirada da vacinação contra febre aftosa e o reconhecimento internacional. Isso de fato, por lado é motivo de festa, por outro de preocupação, por que, uma coisa é conquistar e outra, a mais difícil talvez, seria a persistência para manter essa conquista, e esse é próximo passo, por isso da importância desse Fórum aqui em Ji-Paraná com todos os entes envolvidos no processo, um chamamento de responsabilidade de conduta a partir desse momento”, declarou José Vidal.
O diretor do Departamento de Saúde Animal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Geraldo Marcos de Moraes, que representou a ministra Tereza Cristina, falou dos avanços e desafios na manutenção do status de área livre de febre aftosa sem vacinação para o Estado de Rondônia, que exporta para 50 países com receita em apenas um ano (2020), equivalente a 734 milhões de dólares, com exportação de carnes para a China, Hong Kong, Egito, Chile e mais 45 países, sendo o sexto maior exportador de carne do Brasil.
“Rondônia já está em uma crescente no processo de incorporação de seu produtos no mercado internacional e esse passe que nós estamos dando agora, de certificar o rebanho pecuário de Rondônia dentro do bloco 1, de livre de febre aftosa sem vacinação abre sim portas, reconhece e demonstra o trabalho que está sendo feito aqui em Rondônia e traz importantes perspectivas para o agronegócio rondoniense e todo bloco 1”, detalhou Geraldo Marcos, palestrante do 3º Fórum Rondoniense de Responsabilidades Compartilhadas.
A expectativa do Estado é que o status atraia novos mercados, as exportações aumentem e que o ano de 2021 feche com mais de 756 milhões de dólares em exportação de carne, ações que ganharam destaque na palestra do fiscal agropecuário da Adab/BA, Iram Ferrão, e outras com presidente do Fefa, José Vidal Hilgert; com secretário executivo do Sindifrigo, Robson Pego e com Hélio Dias, presidente da Faperon.
CERTIFICAÇÃO
O diretor do Departamento de Saúde Animal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Geraldo Marcos de Moraes, entregou ao vice-governador José Jodan; aos presidentes da Idaron, Júlio Peres; do Fefa, José Vidal Hilgert; ao secretário da Seagri, Evandro Padovani, e ao ex-governador José de Abreu Bianco o certificado de reconhecimento internacional da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE).
CAMPANHA DE DECLARAÇÃO
Com encerramento do Fórum, a Agência Idaron lançou oficialmente a Campanha de Declaração do rebanho realizada no período de 1º a 30 de novembro para bovinos, bubalinos, suínos, caprinos, ovinos, além de equídeos e aves, que é extremamente importante para a economia do estado, principalmente, por conta da conquista do reconhecimento internacional de área livre de aftosa sem vacinação. A campanha é desenvolvida em duas etapas, uma em maio e outra em novembro.
O produtor pode fazer a declaração preferencialmente pela internet, no site da Agência (www.idaron.ro.gov.br). Pela internet, a senha usada para a emissão de e-GTA (Guia de Trânsito Animal On-line) é a mesma para fazer a declaração dos rebanhos. Quem ainda não efetivou o login e a senha para acesso ao sistema da Idaron, basta entrar no site da agência, pelo computador ou celular, e cadastrar a senha.
Nessa etapa de Declaração, além das informações relacionadas a atualização dos rebanhos, serão levantadas informações de produção de leite, peixe pescados, cacau, cupuaçu e café, com perguntas diretas e simples para que possam ser atualizadas as informações referentes a essas culturas
Durante o lançamento, o vice-governador do Estado, José Jodan fez a entrega de 12 drones e 11 vans equipadas com tecnologia de ponta e acessórios que contribuirão para uma positiva fiscalização em Rondônia ao presidente da Idaron, Julio Peres.
Em menos de três anos, o governo Marcos Rocha investiu mais de R$ 75 milhões na Idaron, com:
Renovação e ampliação da frota;
Aquisição de um avião anfíbio;
Reforma de dois barcos que atuam na fronteira;
Compra de quadriciclos para acessar áreas de atoleiro e
Ampliação da rede de comunicação, para que o pecuarista possa acessar os serviços da Agência pela internet ou celular.
Aquisição de drones para ampliação da fiscalização e georeferenciamento.
Compra de equipamentos para climatização das unidades.
Ampliação de unidades e construção de novos prédios.
Instalação de câmeras de vídeo monitoramento em locais estratégicos.
Instalação de postos de fiscalização na fronteira com o mato Grosso.
Aquisição de 11 vans,
20 veículos leves, além de equipamento e material para aprimoramento do trabalho desenvolvido pelos profissionais da Idaron.
URL: https://rondoniadinamica/noticias/2021/11/forum-rondoniense-de-responsabilidades-compartilhadas-destaca-manutencao-da-zona-livre-de-febre-aftosa-sem-vacinacao,116988.shtml