Rondoniadinamica
Publicada em 15/11/2021 às 09h44
Porto Velho, RO – Alguns brasileiros ainda não se acostumaram à liberdade nem sabem lidar muito bem com a democracia trazida à baila com a deflagração da Proclamação da República, levada a cabo por patriotas ilustres como Deodoro da Fonseca, Quintino Bocaiuva, Benjamin Constant, Ruy Barbosa, Campos Sales e Floriano Peixoto.
E não. Ao contrário do que o seu tio ignorante que se informa só pelo WhatsApp possa pensar, essas personalidades não se restringem a nomes de rua em Porto Velho.
Lá atrás, no dia 15 de novembro de 1889, ou seja, exatamente 132 anos atrás, quase um século e meio, o país colocou fim à monarquia como forma de governo.
O fato histórico instaurou o modelo republicano presidencialista na maneira de gerir o Brasil.
A partir daí, o imperador Dom Pedro II fora destituído, sendo obrigado a cair fora destas plagas a fim de refugiar-se em exílio na Europa.
O ato de proclamação ocorreu na realidade no que hoje denomina-se com Praça da República, outrora chamada de Praça da Aclamação, no Rio de Janeiro, capital do império brasileiro à época.
Esse grupo de militares liderados pelo marechal Manuel Deodoro da Fonseca deu um pontapé na retaguarda do imperador à ocasião e instituiu um governo provisório republicano.
Este, claro, viria se tornar a Primeira República Brasileira.
Imperfeita, mas necessária, a República foi se aperfeiçoando com o passar do tempo, fomentando direitos e liberdades individuais, e hoje retratada em seu ápice com a democracia consagrada através do voto popular.
Assim como na escala de evolução humana saímos do curvado australopitecos ao ereto homo sapiens, na transição de Monarquia à República saímos na condição de vassalos, meros subalternos da família real, à condição de pessoas iguais, que podem fitar seus representantes diretamente nos olhos.
Rondônia já flertou com o passado neste sentido.
Em 2018, um deputado sem noção quis obrigar escolas públicas de Rondônia a hastear a bandeira do Brasil Império.
Óbvio que a matéria não vingou.
Porém, denota uma vontade em regressar para o estado de servidão letárgica.
Por sorte, atualmente, só alguns entre os Orléans e Bragança e mentecaptos adeptos da submissão querem brincar de Rei e Rainha.
Os demais, mesmo dentro das imperfeições da República, querem bater de frente com seus equívocos sem rechaça-la, objetivando aperfeiçoá-la, buscando cada vez mais liberdade, consequentemente respeitando os ditames democráticos.
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