O Bradesco obteve lucro de R$ 19,602 bilhões nos nove primeiros meses de 2021, crescimento de 54,9% em relação ao mesmo período de 2020. Graças ao esforço dos seus funcionários, o resultado é melhor, inclusive, do que o dos períodos que antecederam a pandemia. Ainda assim, a quantidade de vagas fechadas no decorrer de um ano mostra que o banco não valoriza seu funcionário nem mesmo com os lucros recordes, com ou sem crise, com ou sem pandemia. Pelo contrário: o banco vem reduzindo seu quadro funcional. Ao final de setembro de 2021, a holding contava com 87.736 empregados no país, com fechamento de 8.198 postos de trabalho em doze meses.
“Essa triste realidade acontece aqui em Rondônia também, pois o banco continua na sanha de demitir funcionários a qualquer custo. Antigamente o alvo principal do banco eram os trabalhadores diagnosticados com alguma doença ocupacional, aquelas adquiridas pelo esforço repetitivo na execução do trabalho, por anos a fio. Só que agora não há mais qualquer distinção em quem vai ser ou não demitido. Funcionários lesionados ou não, doentes ou saudáveis, reintegrados ao trabalho pela Justiça do Trabalho, antigos ou os mais novos, todos agora estão na mira do Bradesco. Por sorte ainda estamos conquistando algumas vitórias na Justiça do Trabalho que tem assegurado o emprego de muitos pais e mães de família que dedicaram muitos anos de suas vidas para o banco, mas agora vivem sob a constante ameaça de demissão”, mencionou Wanderson Modesto, diretor de Imprensa do Sindicato e funcionário do Bradesco.
De acordo com relatório divulgado recentemente pelo próprio banco, os clientes são ainda mais prejudicados, pois estão pagando cada vez mais tarifas, mas quando vão às agências têm menos trabalhadores para atendê-los, e também menos agências para procurar em caso de necessidade, pois foram fechadas. Em doze meses, foram fechadas 765 agências e 120 postos de atendimento (PA) no país.
“Por isso pedimos que alguns colegas do Bradesco se conscientizem da importância da nossa luta, e consequentemente, participem e apoiem as ações do Sindicato que objetivam, sobretudo, resguardar o emprego de todos. Hoje o demitido pode ser um colega do Bradesco que você nem conhece, que mora bem longe, mas amanhã pode ser você”, concluiu o dirigente.
A manifestação do SEEB-RO contou com o apoio e participação da CUT-RO, com a presidenta Elzilene do Nascimento Pereira e o diretor de Finanças Magno Barbosa de Oliveira.