Rondoniadinamica
Publicada em 01/12/2021 às 10h52
Porto Velho, RO – Finalmente o presidente da República Jair Bolsonaro tomou sua decisão e, junto com seu filho Flávio, o 01, rumou para o Partido Liberal (PL), cuja Presidência pertence ao mensaleiro Valdemar da Costa Neto.
Agora, com o União Brasil praticamente sacramentado, resta saber quem entre os xarás Marcos Rocha e Marcos Rogério ganhará o direito de caminhar lado a lado com o mandatário do Planalto durante as eleições de 2022.
Rocha, que é dono local da quase-nova-legenda, já deixou claro que terá autonomia regional para apoiar o amigo, que, por sua vez, contribuiu sobremaneira para sua eleição em 2018.
O militar bateu o experiente Expedito Júnior, do PSDB, ao alcançar no segundo turno a marca dos 530 mil votos, 261 mil a mais que o tucano.
Além de ser novidade, ou seja, pedrada e não vidraça, como será em 2022 quando confrontado pelos futuros adversários, havia a estrondosa onda bolsonarista que de certa maneira abalroou o Brasil, consagrando, inclusive, o nanico PSL à condição de segunda maior bancada na Câmara Federal.
Ficou atrás somente do PT neste quesito.
Tecnicamente, Rocha e Rogério teriam de ser parceiros nesta nova fase exsurgida da fusão entre DEM e PSL, qual seja, o União Brasil.
Como o congressista aparentemente não apita em nada nos rumos, especialmente em flancos rondonienses, não surpreenderia caso este se desligasse criando nova cisão dentro do espectro relacionado a Bolsonaro.
As chances disso acontecer são grandes porque Marcos Rogério se vê como uma espécie de suprassumo da política, especialmente após sua participação como sabujo do governo federal durante as sessões da CPI da COVID-19 em Brasília.
Como Rondônia inda conserva audiência bastante assanhada para o lado do morador do Alvorada, e esta parcela barulhenta chegou a ovacionar o senador nas redes sociais em suas incursões defensivas na CPI, não seria estranho que a sede de poder levasse Rogério a trilhar caminhos distintos aos do atual governador do Estado.
Essa eventual ruptura fará, hipoteticamente, com que cada um deles pegue um dos braços de Bolsonaro tentando arrastar o presidente para si. Um cabe de guerra humano, digamos assim, onde o vencedor terá condições de trilhar sob a sombra do comandante maior da República.
Resumidamente, as pequenas disputas para 2022 já começaram. E os vencedores vão se desenhando pouco a pouco a cada passo dado, a cada aliança construída.
Quem dormir no ponto pode ficar a ver navios. E ficará. A história já ensinou isso aos políticos regionais.
Agora é esperar para ver os novos episódios.
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