Waldir Costa/Rondoniadinamica
Publicada em 18/12/2021 às 10h21
O ano está chegando ao fim e o noticiário político enfraquecendo. Após a pandemia ter comprometido as festividades de final de ano em 2019 e 2020, o Natal e Ano Novo deste ano, apesar das restrições sanitárias, mais que necessárias, certamente trarão fraternidade e as reuniões em famílias. É espírito natalino.
Mesmo com a escassez das informações na política, a formação do “Grupão”, integrado por vários partidos políticos em Rondônia, movimento muito bem articulado pelo experiente político, o ex-senador Expedito Júnior, que durante anos comandou o PSDB, hoje no PSD, presidido no Estado pelo filho, deputado federal Expedito Netto, a mobilização nos bastidores é intensa, inclusive, há dentro do “Grupão” duas possibilidades de chapas, ambas alicerçadas por políticos de força eleitoral expressiva na capital e no interior.
O fim das coligações era um dos problemas a ser superado pelos partidos e lideranças integrantes do “Grupão”. A regulamentação, esta semana, das federações pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), uma tangente para os políticos manterem as “coligações” partidárias de forma solerte favoreceu a parceria de várias lideranças políticas em Rondônia, tendo como finalidade o governo do Estado, a Assembleia Legislativa e o Congresso Nacional (senadores e deputados) nas eleições gerais de 2022.
Estão alinhados em federação, além de Expedito Júnior, hoje no PSC e seu grupo, o ex-prefeito de Ji-Paraná (mais de 88 mil eleitores em 2020), Jesualdo Pires, ainda, no PSB, mas se preparando para se filiar ao PSD, e o prefeito-reeleito de Porto Velho, Hildon Chaves, do PSDB. Os trabalhos são para uma candidatura a governador de Hildon tendo Jesualdo como vice. Sem dúvida uma parceria das mais sólidas, com Hildon garantindo votos no maior colégio eleitoral do Estado, Porto Velho, mais de 330 mil votos nas eleições municipais de novembro de 2020 e Jesualdo a força do interior.
Nas eleições de 2018 Jesualdo não se elegeu senador, mas somou mais de 195 mil votos. O mais bem votado no Estado naquele ano, Marcos Rogério, na época no DEM somou 324.939 votos, mas em Ji-Paraná Jesualdo contabilizou 41.647 votos (38,08%) e Marcos Rogério 24.997 votos (22,86%).
O “Grupão” tem uma segunda opção para as eleições de outubro do próximo ano, e, a exemplo da anterior, composta de nomes expressivos e com plenas condições de vencer as eleições majoritárias. O senador Marcos Rogério, que está assumindo a presidência do PL no Estado é o candidato à sucessão estadual com o ex-presidente da Assembleia Legislativa (Ale), Maurão de Carvalho, do MDB, na vice.
A maioria dos votos de Marcos Rogério está no interior e Maurão, que foi candidato a governador em 2018 e ficou como terceiro colocado, com apenas 10.001 votos a menos que o atual governador, Marcos Rocha, que concorreu pelo PSL, tem boa somatória de votos na capital e no interior. Rogério e Maurão formam uma dupla de respeitável potencial de votos e com apoio de expressivas lideranças na capital e no interior.
O “cardápio” político do Natal e Ano Novo em Rondônia é a sucessão estadual, tema que deverá prevalecer neste período de recesso. A situação do “Grupão” é das mais cômodas, porque tem nomes considerados de ponta para a disputar o governo do Estado e em condições de formar uma chapa muito difícil de ser batida. E ainda, contar com o aval do experiente articulador, Expedito Júnior, que tem como objetivo, além de ajudar a eleger o governador e o vice em 2022, retornar ao Senado ocupando a única das três vagas, que estará na disputa no próximo ano.
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