Agência Brasil
Publicada em 22/12/2021 às 09h18
A economia chinesa vai crescer 8% em 2021 e 5,1% em 2022, segundo o Banco Mundial (BM), que reduziu as suas previsões para este ano em meio ponto percentual, em comparação com as projeções anteriores.
De acordo com o último relatório publicado pela instituição, a atividade econômica do gigante asiático sofreu "forte recuperação" no primeiro semestre de 2021, mas "arrefeceu rapidamente" no segundo semestre do ano.
O Produto Interno Bruto (PIB) abrandou no terceiro trimestre, de acordo com dados oficiais, crescendo 4,9% após avanços de 18,3% e 7,9% nos dois primeiros trimestres de 2021.
O Banco Mundial acredita que o arrefecimento se deve a fatores como os surtos recorrentes de covid-19, que "complicaram" a retomada do setor dos serviços, e a crescente regularização por parte das autoridades nos setores imobiliário e financeiro.
"Tudo isso levou a uma pressão descendente sobre o consumo e investimento privados, que foi compensada por exportações mais fortes do que o esperado dada a robusta procura externa". O relatório também cita as falhas de energia como um dos fatores que influenciaram o desempenho econômico em 2021.
O Banco Mundial espera que o PIB da China atinja 8% este ano, menos 0,5 pontos do que nas suas previsões anteriores, e 5,1% em 2022 devido a "um efeito de base menos favorável e a uma menor contribuição para as exportações", ao qual devem ser somados "os esforços de desalavancagem do governo".
A agência indica que o país continuará com a sua política de "casos zero", o que implica a imposição de restrições severas em áreas onde são detectados casos de covid-19 ou a manutenção de fronteiras praticamente fechadas.
"Essa estratégia requer medidas de contenção contínuas, mas esperamos que a procura interna continue a ser retomada gradualmente", afirma o relatório.
A instituição lembra, no entanto, que novas variantes do coronavírus, como a Ômicron, poderiam levar a "mais restrições e maiores perturbações da atividade econômica".
"Além disso, a economia chinesa é vulnerável a perturbações da cadeia de abastecimento, que poderiam ser mais persistentes do que o esperado. Isso contribuiria para maiores pressões inflacionárias", acrescenta o relatório.
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