Richard Neves/Secom
Publicada em 20/01/2022 às 12h33
Há exatamente um ano, o Governo de Rondônia recebia a primeira remessa de vacinas contra a covid-19, do Ministério da Saúde, que selou a esperança para a população. Foram recebidas 49 mil doses da CoronaVac, sendo armazenadas na Central Estadual da Rede de Frio, em Porto Velho, e em seguida, distribuídas para as Regionais Estaduais de Saúde nos municípios.
O governador Marcos Rocha esteve presença no recebimento dos imunizantes e fez questão entregar as vacinas a todas as Regionais de Saúde do Estado nos municípios. “Quando o primeiro lote de vacinas contra a covid-19 chegou a Rondônia a alegria no coração foi tremenda. Foi um momento muito importante para nosso País e para nossa população começar a vacinação, com a esperança de evitar mortes e tristezas que assolavam as famílias e voltar a vida normal”, destacou.
O primeiro lote de vacinas que chegou ao Estado fez parte das seis milhões de doses adquiridas pelo Governo Federal, aprovadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A vacinação contemplou de forma prioritária, os profissionais que estavam na linha de frente no combate ao coronavírus.
Após a primeira remessa recebida, os municípios passaram a receber as doses distribuídas dentro das abrangências das Regionais de Saúde. A entrega dos imunizantes permitiu a vacinação dos grupos prioritários em consonância com o Plano Estadual de Operacionalização da Vacinação contra a covid-19, bem como ao Plano Nacional de Imunização (PNI).
Durante a pandemia, o Governo do Estado buscou soluções como o apoio ao uso de medicamentos, inclusive com distribuição em ações de drive-thrus e edições de decretos, com medidas necessárias para proteger a saúde da população rondoniense. Ainda em 2021, o Poder Legislativo aprovou um Projeto de Lei de autoria do Executivo, que incentiva médicos a trabalharem em Rondônia durante a pandemia em áreas de difícil provimento.
Para o governador Marcos Rocha, foi um momento importante para o Estado iniciar a imunização e agradeceu ao Governo Federal pelo envio das remessas de vacinas. “Foram muitas ações promovidas para enfrentar esta pandemia, como a aquisição de seringas para imunizar a população, Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) com antecedência”.
O chefe do Poder Executivo ainda lembrou que com as ações de enfrentamento da pandemia, Rondônia se tornou destaque nacional, com uma das menores taxas de mortes por covid-19; grandes quantidades de testagens realizadas e a ser o primeiro Estado do País em apresentar com transparência dados e gastos com a doença.
O titular da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), Fernando Máximo, conta sobre a chegada das primeiras doses de esperança a Rondônia. “De lá para cá, a vacinação ocorreu a todo vapor, sendo atualmente 2.500 milhões de imunizantes aplicados na população; 1.250 milhões na 1ª dose; 1.050 milhões na 2ª dose e cerca de 200 mil na dose de reforço (3ª dose)”.
Fernando Máximo agradeceu aos profissionais de saúde por se empenharem na vacinação e conclamou aos rondonienses que ainda não tomaram a vacina contra a covid-19, a procurarem um posto de saúde mais próximo. “Apesar de não ser obrigatório em Rondônia, a vacinação tem diminuído a incidência de casos graves nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), e também de óbitos”.
Até o momento, o Estado já recebeu do Governo Federal, mais de três milhões (3.111.338) doses de imunizantes contra a doença. Já recebeu também duas doses pediátricas de vacinas para serem aplicadas no público infanto-juvenil, totalizando 23.200.
PRIMEIROS VACINADOS
Um dos primeiros a receber o imunizante contra a covid-19 em Rondônia, foi o indígena Elivar Karitiana, conta que se sentiu aliviado ao ser vacinado contra a doença, perdendo o medo de uma possível contaminação. “Antes de tomar a 1ª dose, consultei alguns profissionais de saúde sobre estes imunizantes. Hoje já completei o esquema vacinal e é muito importante que a população se vacine, para que esta doença não avance”.
A médica do Centro de Medicina Tropical de Rondônia (Cemetron), Karina Zingra, conta que ao participar de um momento importante para a sociedade rondoniense, como ser uma das primeiras profissionais da Saúde a receber a 1ª dose da vacina, se sentiu muito feliz.
Um indígena e profissionais de saúde foram os primeiros a receber a 1ª dose
“Existia uma incerteza com a pandemia no início, mas com a chegada das vacinas, foi uma esperança para todos nós. Já completei o ciclo vacinal, com as três doses, sendo duas da CoronaVac e por último, da Pfizer. É de extrema importância que as pessoas se imunizem, e estejam cada vez mais protegidas contra a doença”, conta a médica.
Karina ainda relata que durante o pico da pandemia, enfrentou inúmeros desafios, com muitas pessoas sendo vítimas do coronavírus, entre outras dificuldades, porém, o Governo de Rondônia prestou assistência direta aos profissionais.
A médica contraiu a covid-19, porém não teve sintomas graves da doença e descobriu que testou positivo após fazer um check-up de rotina, onde a sorologia para o Sars-Cov-2 foi solicitada.
IMPORTÂNCIA
Com relação a importância da vacinação contra o coronavírus, o médico infectologista Armando Noguera explica que os imunizantes foram desenvolvidos com a expectativa de diminuir a morbidade, mortalidade e as sequelas que a doença respiratória causa em casos graves.
“Cada produto tem seus efeitos colaterais, sua eficácia a curto prazo e a decisão de uso deve levar em consideração o risco e o benefício. O risco são os efeitos tardios que ainda serão relatados e o benefício é quando a pessoa adoece com o coronavírus, o quadro de saúde não evolua para formas graves ou sequelas”, explica o infectologista.
PLANO ESTADUAL DE VACINAÇÃO
Para a aplicação dos imunizantes contra a covid-19, a Sesau montou um plano de vacinação, contemplando inicialmente os grupos prioritários, considerados os mais vulneráveis ou mais expostos a contaminação pela doença.
Foram contempladas mais de 100 mil pessoas na primeira fase, abrangendo trabalhadores da área da Saúde, pessoas com mais de 75 anos, de 60 anos ou mais, além da população indígena acima de 18 anos.
Na segunda fase, foram contempladas cerca de 141 mil pessoas, sendo de idades entre 60 e 64 anos, 65 e 69 anos, além de pessoas com idade entre 70 e 74 anos.
Pessoas com comorbidades, tais como: diabetes, hipertensão, doença pulmonar obstrutiva crônica, doença renal, doenças cardiovasculares e cerebrovasculares, anemia falciforme, câncer e obesidade grave, foram contempladas com a vacinação na terceira fase, sendo mais de 120 mil pessoas neste grupo.
Em uma decisão assertiva, Governo de Rondônia adquiriu Hospital de Campanha para atender pacientes com covid-19
Por último, foram contemplados os trabalhadores da Educação, forças de segurança e salvamento e funcionários do sistema prisional, totalizando aproximadamente 28 mil pessoas.
COMITÊ DE ENFRENTAMENTO
Com o objetivo de reunir autoridades de diversos segmentos para alinharem ações conjuntas em defesa da Saúde Pública diante da pandemia, foi criado o Comitê de Enfrentamento ao Coronavírus em Rondônia.
Por meio do Sistema de Comando de Incidentes, o Governo de Rondônia elaborou o Relatório de Ações, que reúne atividades desempenhadas de combate à covid-19, e é utilizado em ações como base para elaboração de outras ferramentas de comunicação, sendo distribuído para gestores acompanharem diariamente informações acerca da pandemia.
HOSPITAL DE CAMPANHA
Uma importante conquista do Governo de Rondônia foi aquisição do Hospital de Campanha (Hcamp), por R$ 12 milhões, localizado na região Central de Porto Velho, no prédio de uma antiga maternidade particular. O hospital conta com 25 leitos de UTIs, 71 leitos clínicos, além de serviços de tratamento de hemodiálise para pacientes com lesão renal.
O primeiro hospital de campanha do Estado conseguiu atender durante a pandemia, cerca de 2.795 pessoas e salvou 2.239 vidas por meio de cuidados, tratamentos e terapias realizados na unidade.
BARREIRAS SANITÁRIAS
Durante a pandemia, ações conjuntas entre as vigilâncias sanitárias do Estado e dos municípios foram realizadas para orientar viajantes quanto aos sintomas do coronavírus, a importância de cumprir a quarentena pós-viagem e as medidas de prevenção ao contágio. As barreiras sanitárias contribuíram também com a rastreabilidade de passageiros que tiveram diagnóstico positivo para a covid-19.
TRANSPARÊNCIA
A Agência Estadual de Vigilância em Saúde (Agevisa) produziu informes para atender o interesse público e divulgou indicadores fundamentais na definição das políticas públicas, ações de governo e decretos durante o período de pandemia. Foram emitidos boletins diários contendo número de casos confirmados, recuperados, óbitos e internados, testes que estavam em confirmação de resultados, relatório de ações da Sala de Situação Integrada e semanalmente, expediu o boletim epidemiológico.
Tendo como base os boletins e relatórios, a população pôde ter acesso as Notas Técnicas, relatórios, decretos e demais documentos relacionados a situação do agravo da doença no Estado. Os indicadores foram disponibilizados nos canais oficiais de comunicação do governo do Estado.
Ainda foram realizadas coletas de amostras de covid-19 pela Agevisa, em que os profissionais realizaram o transporte do material recolhido nas Regionais de Saúde do Estado para o Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen).
BOLETINS
Desde 14 de março de 2020, o Governo de Rondônia passou a publicar diariamente boletins diários sobre a situação da covid-19 em todo o Estado. Em parceria entre Agevisa, Sesau e Superintendência Estadual de Comunicação (Secom), a ferramenta foi criada com o objetivo de informar a população, combater as fake news e tranquilizar os moradores acerca das ações implementadas pelos órgãos estaduais de saúde, no tocante ao enfrentamento da doença.
Atualmente, o boletim é utilizado como a principal ferramenta de comunicação para manter a população informada sobre a covid-19. Até o momento, foram 658 edições do boletim diário.
SOS VACINAÇÃO
Desenvolvido pela Secretaria de Estado da Saúde, em parceria com a Agevisa, o “SOS Vacinação” foi um projeto que levou a imunização de forma mais ágil para professores, jovens, idosos e adultos. A ação contou com apoio de equipes das duas pastas estaduais e de gestões municipais.
Em sua primeira etapa realizada, foram vacinados por meio de força-tarefa: 3.088 pessoas em Guajará-Mirim; 2.674 em Candeias do Jamari; 815 em Porto Velho; 2.032 em São Miguel do Guaporé; 1.384 em Costa Marques; 513 no distrito de São Domingos do Guaporé; 4.389 em Rolim de Moura; 2.473 em Colorado do Oeste; 3.422 em Cacoal e 2.423 em Pimenta Bueno, totalizando 23.213 pessoas.
DRIVE-THRU
Outra ação que gerou resultados positivos foi a ação de testagem em massa, por meio de drive-thrus. Foram ao todo, 25 realizados pelo Governo de Rondônia, com o objetivo de conter o avanço do coronavírus, testando e isolando os infectados do restante da população.
Foi mais uma ação desenvolvida contra a doença, para reforçar a cobertura vacinal das pessoas previstas no Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação (PNO). Em 2021, a ação foi desenvolvida nos municípios de Guajará-Mirim, Buritis, Candeias do Jamari, Costa Marques, São Miguel do Guaporé, Rolim de Moura, Colorado do Oeste, Cacoal e Pimenta Bueno, sendo 24.937 pessoas vacinadas.
O governador Marcos Rocha, conferiu de perto a maioria das ações de testagem rápida e a entrega de kits com medicamento para pessoas que testaram positivo. Cumprindo as normas de distanciamento social, o chefe do Executivo fez gestos de fé às pessoas que compareceram ao local.
“Essas ações foram positivas e contribuiu para mapear e conter a evolução da covid-19 nos municípios, onde o principal objetivo foi atender a população com a testagem em massa”, pontuou Marcos Rocha.
DIA V
Outra ação que foi realizada pelo Poder Executivo Estadual devido à baixa cobertura vacinal dos municípios do Estado e com a aproximação das confraternizações de fim de ano, foi o “Dia V” de vacinação contra a covid-19, para conter o avanço da doença e frear o número de óbitos.
A campanha foi aderida pelos 52 municípios rondonienses e foram administradas no total 28.102 doses de vacinas contra o coronavírus, de acordo com o Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação (PNO).
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