Waldir Costa / Rondônia Dinâmica
Publicada em 22/01/2022 às 10h15
O crescimento dos casos de contaminação pelo covid-19 em Rondônia, assim como nos demais estados da federação é preocupante, porém esperado. As festas de final de ano incentivando as viagens regionais e a outros estados provocando o deslocamento de um número elevado de pessoas, seja por terra, ar, ou água favorece a contaminação.
Se o número contaminados é assustador, com média diária em Rondônia de 1.700 pessoas de segunda-feira (17) a sexta-feira os óbitos diminuíram e previsíveis, conforme o Editorial do RONDONIA DINÂMICA, postado hoje com o título: “Coronavírus volta com tudo em Rondônia, faz muitas vítimas, lota hospitais e UTIs: o negacionismo cobra nova fatura”.
O vai e vem das pessoas, mais os excessos de final de ano, a falta de critério na organização da vacinação e a irresponsabilidade de muitas pessoas, que desafiam a ciência e se negam a receber a vacina, ou não completam o ciclo das três doses contribuíram para o exagerado e preocupante aumento da contaminação, mesmo com os óbitos em baixa. E não é somente o desleixo de boa parte da população, que contribui com o surto de pessoas contaminadas neste primeiro mês de 2022 e perspectivas de volume maior para fevereiro.
O Estado e a maioria dos municípios têm responsabilidade no crescimento das contaminações. Não basta disponibilizar as três doses de vacinas, tem que pressionar e bem informar a população, que é a “patroa” de todos para a necessidade de se vacinar.
A vacina não é um imunizante, como a maioria da população julga, mas um atenuante caso a pessoa seja contaminada. Não é a vacina que vai evitar a contaminação, mas quem a utilizou tem enormes chances de evitar o óbito. Mesmo que contaminada, caso seja uma pessoa saudável, sem comorbidade (associação de duas ou de várias doenças que aparecem de modo simultâneo num mesmo paciente) a possibilidade de sobreviver é bem maior.
Em Rondônia, pelo relatório diário da Secretaria Estadual de Saúde (Sesau) sobre o covid-19, nota-se que Porto Velho, mesmo sendo um município com cerca de 600 mil habitantes, proporcionalmente apresenta índices bem menores de contaminação que os demais. Isso demonstra, que o trabalho realizado pela equipe da Semusa (Saúde) do prefeito Hildon Chaves (PSDB), está mais qualificada, orientada e apoiada que a dos demais municípios.
No boletim da Semusa divulgado ontem (21), Porto Velho apresentou 575 casos de contaminação, para um universo de 600 mil pessoas; Ji-Paraná, 386 (131 mil); Ariquemes, 93 (111 mil); Cacoal, 158 (86 mil); Jaru 79 (51 mil); Nova Mamoré, 36 (32 mil), Pimenta Bueno, 93 (37 mil. São números preocupantes e demonstram, que é necessário mais e melhores investimentos com o propósito de conscientizar a população de a necessidade da vacinação.
Os números elevados de contaminação e baixos de óbitos (13 de segunda-feira-17 a sexta-feira-21) é um aprova evidente, que o caminho, ainda, e certamente será para a eternidade a necessidade da vacina, como já ocorre com a BCG, a Influenza, além de outras, pois o covid-19 é um vírus, por isso não tem condições de ser exterminado. Queiram ou não o povo do planeta terá que conviver com ele, mesmo que os céticos o ignorem.
O governo do Estado deve reunir os prefeitos e promover uma ampla campanha de vacinação permanente, na capital e no interior para combate e maior eficácia à pandemia. O vírus não irá desaparecer, mas a possibilidade de levar as pessoas ao óbito será bem menor, como já ocorre em Porto Velho em razão de o trabalho de vacinação ser eficiente.
Também é necessária uma ampla e objetiva campanha de conscientização e orientação das pessoas, para que a ação de vacinação seja mais eficiente, inclusive utilizando a mídia (escrita, falada, televisada, eletrônica), além de as redes sociais.
URL: https://rondoniadinamica/noticias/2022/01/estado-e-municipios-devem-juntar-forcas-na-vacinacao-contra-o-covid-19-,122939.shtml