Notícia ao Minuto
Publicada em 04/02/2022 às 15h46
O Governo libanês, que permanecia bloqueado desde outubro por divergências entre os partidos políticos, voltou a reunir-se na semana passada perante os crescentes apelos internacionais para enfrentar a grave crise económica que atinge o país.
Hoje, o órgão máximo de decisão da Organização das Nações Unidas (ONU) aumentou esta pressão e exigiu ao Governo "decisões ágeis e efetivas" face à situação que o país atravessa.
Entre outras medidas, os membros do Conselho de Segurança exortaram à rápida aprovação de um orçamento de Estado adequado para 2022, que permita estabelecer um acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI), que colocou como condição para intervir a validação desse documento.
O Conselho também reiterou a necessidade de que sejam implementadas reformas exigidas pela comunidade internacional e que decorram "eleições livres, justas, transparentes e inclusivas" na data prevista, em 15 de maio.
Perante uma forte crise económica, as instituições libanesas estão praticamente bloqueadas desde a tomada de posse do atual Governo, cujo antecessor prolongou as suas funções por mais de um ano devido a desentendimentos políticos.
Por sua vez, na declaração de hoje, o Conselho de Segurança também pediu uma investigação que faça comparecer perante a justiça os responsáveis dos recentes ataques contra os "capacetes azuis" (designação atribuída aos elementos que integram às missões da ONU) colocados no país.
No final de dezembro, membros da missão de paz da ONU no Líbano (UNIFIL, na sigla em inglês) foram atacados por um grupo de desconhecidos que provocaram danos nos veículos e roubaram alguns documentos oficiais, enquanto em fevereiro um soldado sofreu ferimentos em outro incidente.
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