Waldir Costa/Rondoniadinamica
Publicada em 05/02/2022 às 10h09
Na passagem do presidente da República Jair Bolsonaro por Rondônia, esta semana, foi possível notar, que há uma aproximação muito grande dele com o governador Marcos Rocha, que deverá assumir a presidência do União Brasil no Estado, tão logo ele seja registrado e com o senador Marcos Rogério, que assumiu recentemente a presidência estadual do PL. Rocha e Rogério são pré-candidatos a governador nas eleições gerais de outubro próximo e Bolsonaro irá definir quem vai apoiar.
Marcos Rocha, até por questões políticas normais é pré-candidato. Vem trabalhando bem, tem ótimos programas de governo, como o “Tchau Poeira”, “Porteira Adentro”, “Governo na Cidade”, além de ações positivas na área social, que são fundamentais a quem pavimenta uma reeleição.
A proximidade com prefeitos, vereadores e boa parte dos deputados estaduais também é da maior importância na militância político-partidária. Os projetos do governo do Estado estão sendo aplicados nos municípios sem distinção ideológica ou político-partidária.
Já Marcos Rogério é aliado de primeira ordem de Bolsonaro. Durante a realização da CPI do Covid-19 no Congresso Nacional em 2021, Rogério foi fundamental na defesa do presidente demonstrando fidelidade, companheirismo e membro atuante de um grupo político.
Na visita a Rondônia, Bolsonaro foi questionado sobre quem apoiaria numa candidatura ao governo do Estado: Rocha ou Rogério. Saiu pela tangente e não disse sim e muito menos não. Foi no mínimo coerente.
A pré-candidatura de Marcos Rogério, um dos políticos em ascensão no Estado, pois passou pela câmara de vereadores de Ji-Paraná, se elegeu e reelegeu deputado federal e foi o senador mais bem votado nas eleições de 2018, com 324.939 votos é considerada pelas pessoas mais próximas, normal, natural. É uma questão de estratégia, pois não tem nada a perder, mais sim de fortalecer seu nome como liderança regional.
Há comentários que Rogério poderá ser indicado para ocupar um dos ministérios de Bolsonaro. Até 2 de abril próximo, ao menos 11 ministros deverão deixar os cargos para candidatar-se a um dos cargos eletivos nas eleições de outubro.
Não será por falta de vagas na equipe de governo, que Marcos Rogério deixará de ocupar um ministério, “mas desde que seja de relevância”, diz um dos assessores. Somente nesse caso ele deixaria de buscar uma pré-candidatura a governador em outubro próximo.
Também há outra opção para Bolsonaro, que seria a confirmação de Marcos Rogério como líder do Governo no Congresso Nacional. As chances são enormes e o senador já demonstrou na CPI, que tem plenas condições de exercer a difícil, mas importante missão.
Bolsonaro e Marcos Rogério estão analisando com muita calma e determinação as possibilidades futuras. Rogério ministro ou líder do Governo no Congresso Nacional seria muito importante para Rondônia. São portas que se abrem na área federal que muito poderão contribuir par ao futuro econômico, social e político do jovem Estado, que a cada ano ganhar maior notoriedade, apesar de os seus pouco mais de 40 anos, na economia nacional com destaques para o agronegócio (agricultura e pecuária).
Apesar de contar com pelo menos dois nomes de peso político-eleitoral para concorrer à sucessão estadual em Rondônia, o presidente Bolsonaro, pré-candidato à reeleição, deverá definir, até 2 de abril como será sua campanha eleitoral no Estado. Caso Marcos Rogério consiga um ministério expressivo ou assuma a liderança do Governo no Congresso Nacional, Rocha ficará com o caminho livre para buscar a reeleição com apoio do presidente. A segunda hipótese é Rogério pré-candidato a governador.
O futuro só o tempo dirá.
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