Rondoniadinamica
Publicada em 16/02/2022 às 10h55
Porto Velho, RO – O titular da Secretaria Municipal de Agricultura e Abastecimento (SEMAGRIC) Vinícius Miguel, do Cidadania, presidente da legenda em Rondônia, está cada vez mais perto de uma nova corrida pelo Palácio Rio Madeira.
Em 2018, quando se lançou pela primeira vez, à época pela Rede Sustentabilidade, foi o mais votado da Capital no primeiro turno, com mais de 110 mil votos no panorama geral, encerrando sua participação naquele pleito em 4º lugar.
Dois anos depois tentou a sorte buscando o lugar de Hildon Chaves, do PSDB, na Prefeitura de Porto Velho. Na contenda com 15 nomes, acabou em 3º lugar, de novo com votação expressiva: naquela feita, 29,3 mil votos, atrás apenas da apresentadora Cristiane Lopes e do tucano reeleito.
O secretário da segunda gestão de Chaves converou com o Rondônia Dinâmica. Logo de início, foi questionado a respeito da possibilidade de, adiante, desistir de rumar ao Executivo estadual para compor nominmata destinada à futura nova formação do parlamento.
“É cada vez mais distante a possibilidade de compor uma nominata para o parlamento, reiterando meu mais profundo respeito e admiração pela Casa de Leis e seus representantes. Também levo em conta seu indissociável papel com a democracia. Meu perfil, no entanto, está sendo cada vez mais associado a disputar majoritárias. E é por aí que devo seguir”, anotou.
Os bastidores da peleja eleitoral se movimentam com mais enfâse este ano, e setores do PSDB, por exemplo, já se encantam com a possibilidade de lançar Miguel à sucessão de Coronel Marcos Rocha, do União Brasil.
Há, ainda, burburinhos cada vez mais fortes no sentido de que o secretário municipal tem conversado com caciques de várias legendas, incluindo grandes siglas como o MDB, do senador Confúcio Moura; e o PDT, que conta com o congressista Acir Gurgacz.
Alguns arquétipos na própria Assembleia Legislativa (ALE/RO) atual, onde era visto como um possível postulante, logo adversário, corroboram com o clima calcificando o amadurecimento político de Vinícius Miguel, ora preparado na prática para assumir as rédeas.
Os nomes consultados pela reportagem não quiserem se expor e o motivo é o mesmo: antecipar críticas ou elogios publicamente a possíveis postulantes pode causar desconforto interno das agremiações.
Miguel foi evasivo em diversos pontos da conversa, especialmente na questões voltadas à candidatura, porém deixou rastro de suas intenções eleitorais nas entrelinhas.
“Tenho vontade sim (de concorrer), mas o momento é de trabalho em prol da administração municipal. Não quero colocar o carro da frente dos bois”, brincou.
Sobre seu trabalho à frente da SEMAGRIC, o advogado e professor universitário entende que colocou “ordem na casa”, com medidas “simplórias”, “extremamente conheecidas”, mas que “ninguém tinha coragem de implementar”.
Os exemplos apresentados são o controle de frequência, ponto eletrônico, aquisição de computadores, digitalização de documentos, rastreamento de veículos e controle único de frota.
“Apesar das limitações, do parco maquinário, da frota quebrada, sem o contrato de manutenção dos veículos, foi possível avançar. Por isso minha cabeça está focada no aqui e no agora. Porém, óbvio, não descarto participar da disputa a depender das tratativas com os partidos e vontade de seus líderes”, acrescentou.
Vinícius Miguel encerrou deixando claro que “muita água deve passar por debaixo da ponte” até uma eventual declaração formal a respeito do pleito de 2022. Por enquanto, como o próprio definiu, sua única batalha no horizonte são os “leões que matamos por dia” para dar mais eficiência e transparência à SEMAGRIC.
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