RTP
Publicada em 25/02/2022 às 08h43
O ministro russo dos Negócios Estrangeiros, Sergey Lavrov, reafirmou que o presidente Vladimir Putin age no sentido de "acabar com o militarismo e neonazismo" na Ucrânia, dando à população oportunidade de decidir de acordo com sua vontade.
Putin quer, segundo o chanceler, que o povo ucraniano seja “independente”, mas não vê em cima da mesa a hipótese de um governo democrático.
Para Lavrov, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, mentiu quando disse que estava pronto para discutir o estatuto neutro da Ucrânia.
Comissão Europeia
Os presidentes da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e do Conselho Europeu, Charles Michel, manifestaram-se solidários ao presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, pelo "momento difícil" após invasão russa e escalada da ofensiva militar esta manhã.
"Esta manhã, falei com o corajoso presidente Volodymyr Zelensky, enquanto ele continua a liderar seu país diante da invasão russa. Neste momento difícil, assegurei-lhe solidariedade e apoio", escreveu Ursula von der Leyen, no Twitter.
Também pelas redes sociais, Charles Michel reagiu ao combate, que se intensifica perto da capital Kiev. Ele disse ter falado com Zelensky, quando Kiev "está sob ataque contínuo das forças russas".
"Apelo ao Kremlin [Presidência russa] para acabar imediatamente com a violência", afirmou o presidente do Conselho Europeu, destacando a "necessidade de mobilizar imediatamente a comunidade global para proteger o direito internacional".
As forças russas aproximaram-se hoje de Kiev e foram ouvidos tiros no centro da capital ucraniana, noticiou a agência norte-americana Associated Press.
O Exército ucraniano admitiu que as tropas russas se estão se aproximando de Kiev, pelo Nordeste e Lste, segundo a agência France-Presse.
"Tendo sido empurrado para trás pelos defensores de Cherniguiv, o inimigo procura contornar a cidade para atacar a capital", disse o comando das tropas ucranianas no Facebook.
Um conselheiro do presidente da Ucrânia disse que Volodymyr Zelensky vai continuar na capital para "demonstrar a resiliência do povo ucraniano", de acordo com a agência russa TASS.
A Rússia lançou, nessa quinta-feira (24) de madrugada, ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeio de alvos em várias cidades, que já provocaram pelo menos mais de 120 mortos, incluindo civis e centenas de feridos em território ucraniano, segundo Kiev. A ONU notificou mais de 100 mil deslocados no primeiro dia de combates.
O presidente russo, Vladimir Putin, disse que a "operação militar especial" na Ucrânia visa "desmilitarizar e desnazificar" o seu vizinho e que era a única maneira de o país se defender. Acrescentou que a ofensiva durará o tempo necessário, dependendo de seus "resultados" e "relevância".
O ataque foi condenado pela comunidade internacional e motivou reuniões de emergência de vários governos, além da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), União Europeia (UE) e do Conselho de Segurança das Nações Unidas. Já foram aprovadas sanções em massa contra a Rússia.
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