AFP
Publicada em 09/03/2022 às 15h25
O julgamento do assassinato do padre Jacques Hamel, que teve a garganta cortada no meio de uma missa em 2016 no noroeste da França, terminou nesta quarta-feira(9) com sentenças de até 13 anos de prisão para três homens próximos aos agressores jihadistas.
Um tribunal de Paris impôs oito anos de prisão a Yassine Sebaihia, 10 anos a Farid Khelil e 13 anos a Jean-Philippe Jean Louis, julgados desde 14 de fevereiro por "associação de criminosos terroristas".
Além disso, os magistrados condenaram Rachid Kassam, o suposto instigador e supostamente morto em um atentado a bomba no Iraque em 2017, à prisão perpétua, com 22 anos de cumprimento obrigatório.
O assassinato de Hamel comoveu o mundo, enquanto uma coalizão internacional lutava contra jihadistas na Síria e no Iraque. Pela primeira vez, um ataque na Europa teve como alvo um padre dentro de uma igreja.
A polícia matou seus executores - Abdel Kermiche e Abdel-Malik Petitjean, jihadistas de 19 anos que se uniram ao grupo Estado Islâmico (EI) - quando eles deixaram a igreja de Saint-Etienne-du-Rouvray.
A investigação se concentrou em seu entorno e os três condenados acabaram no banco dos réus por conhecer o projeto do atentado perpetrado em 26 de julho de 2016, compartilhando a ideologia dos agressores ou tentando viajar para a Síria.
Uma onda de ataques jihadistas abalou a Europa em meados da década passada.
Desde então, a justiça condenou vários de seus autores à prisão perpétua, como no caso do atentado ao Museu Judaico de Bruxelas em 2014 e do semanário satírico Charlie Hebdo em Paris em 2015.
Atualmente, um tribunal francês está julgando os supostos autores do ataque de 13 de novembro de 2015 em Paris, o mais mortal (130 mortos) na capital desde a Segunda Guerra Mundial.
O caso do padre Hamel chocou a Igreja Católica. Meses depois, o papa Francisco o descreveu como um "mártir" e o Vaticano iniciou um processo de beatificação, que ainda está em andamento.
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