Rondoniadinamica
Publicada em 07/04/2022 às 08h27
Porto Velho, RO – O Juízo da 2ª. Vara da Fazenda Pública negou o pedido de indenização feito por familiares de A. da S. M., de 20 anos, que foi morto com um tiro por policiais militares, após ser confundido com um bandido. O crime aconteceu no dia 9 de outubro, no bairro Teixeirão, zona leste de Porto Velho, e a vítima chegou a ser hospitalizada, mas veio a óbito no Pronto Socorro João Paulo II.
A princípio, a ocorrência do crime se deu por uma ação desastrosa de policiais militares, mas a apuração do caso levou a uma outra conclusão: a de que a vítima foi quem simulou atirar nos policiais, que estavam em uma viatura descaracterizada, utilizando-se de uma ´carteira´ tirada da cintura de sua bermuda. Na realidade, a vítima fez uma ´brincadeira´ de mau gosto e acabou perdendo a vida.
A vítima estava em uma motocicleta com outro colega, dando um ´rolê´ pelo bairro e, por algum motivo, A. tirou um objeto da cintura (dando a entender que estava armado) e apontou para a viatura do Serviço de Inteligência, que estava no local, justamente investigando uma ocorrência de moto roubada. A vítima tinha ingerido bebidas alcoólicas, minutos antes do ocorrido, segundo testemunhas.
Para o Juízo, a administração não pode ser culpada pelo acontecido. “(...) mister ressaltar que se tratou de uma brincadeira de muito mau gosto. Quem sai por aí sacando objetos da cintura e apontando para as pessoas na rua, para assustá-los?! E para a infelicidade do autor, usou da brincadeira em momento inoportuno, pois naquele dia e horário os policiais estavam na busca de uma moto, que havia sido roubada e fora rastreada naquelas proximidades”, citou o Juízo na sentença.
E disse ainda:
“Por se tratar de uma ocorrência policial, o momento por si só já causa nos profissionais certa apreensão, pela busca, pelo flagrante. Situação pior é o agente estar em pleno trabalho e ser surpreendido por um indivíduo lhe apontando um objeto, por duas vezes consecutivas, fazendo-se passar por arma de fogo. (...) Infelizmente, nesses tipos de situações que acontecem inúmeras mortes de policiais, que numa fração de segundos, ao se apresentarem como tal, têm a vida ceifada.”.
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