RTP
Publicada em 11/04/2022 às 08h30
A Rússia continua a ofensiva militar na região de Donetsk e na cidade de Mariupol, além de estabelecer "grupo ofensivo de tropas" na região de Dnipro, informaram hoje (11) militares ucranianos.
"O inimigo continua a criar um grupo ofensivo de tropas para atuar na direção de Slobozhansky [região de Dnipro]" e, "provavelmente, os ocupantes tentarão retomar a ofensiva nos próximos dias", de acordo com o último balanço do alto comando do Exército ucraniano.
Na direção de Donetsk, as tropas russas continuam a concentrar-se, em busca de assumir o controle de Popasna, Rubizhne, Nyzhne e Novobahmutivka, bem como de estabelecer controle total sobre a cidade de Mariupol, "com o apoio da artilharia e da aviação".
Nas últimas 24 horas, os militares ucranianos repeliram quatro ataques inimigos nas regiões de Donetsk e Lugansk, destruíram cinco tanques, oito unidades blindadas, seis veículos e oito sistemas de artilharia, informou o mesmo balanço.
Os militares ucranianos disseram ainda que "é possível que as Forças Armadas russas desenvolvam ações provocatórias na região da Transnístria, da República da Moldávia para acusar a Ucrânia de agressão contra Estado vizinho".
De acordo com o último balanço do Instituto para o Estudo da Guerra, dos Estados Unidos, as forças russas ganharam terreno na cidade de Mariupol nas últimas 24 horas e reforçaram as operações ao longo do eixo Izyum-Slovyansk, chave para futura ofensiva em Donbass, "mas não conseguiram outros ganhos territoriais".
Mariupol, de acordo com o instituto, está dividida: o centro da cidade, em mãos russas, e o principal porto no sudoeste, e a fábrica de aço Azovstal, no leste, que permanecem em mãos ucranianas.
A Rússia lançou, em 24 de fevereiro, ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1.793 civis, incluindo 176 crianças, e feriu 2.439, entre eles 336 menores, segundo dados recentesda ONU. A organização alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.
A guerra já causou número indeterminado de baixas militares e a fuga de mais de 11 milhões de pessoas, das quais 4,5 milhões para países vizinhos.
Esta é a pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945). As Nações Unidas estimam que cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária.
A invasão russa foi condenada pela comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento à Ucrânia e o reforço de sanções econômicas e políticas a Moscou.
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