Rondoniadinamica
Publicada em 23/04/2022 às 09h43
Porto Velho, RO – Agora em 2022 é fácil para o senador Marcos Rogério, o sabujo do Planalto, se dedicar exclusivamente ao presidente Jair Bolsonaro, seu correligionário no PL de Valdemar Costa Neto, aquele sentenciado no Mensalão.
Marcos Rogério, o "coveiro"
Muito corajoso no gogó, Rogério agora volta suas baterias contra o Supremo Tribunal Federal (STF), especialmente no momento em que a Suprema corte impõe condenação de mais de 8 anos de cadeia ao deputado federal Daniel Silveira, do PTB.
Choro na sentença, alegria no indulto. Foi assim que o congressista reagiu aos fatos envoltos ao imbróglio assim que o morador do Alvorada concedeu a graça constitucional ao aliado.
Porém, o passado persegue as figuras públicas: as pega no contrapé e joga aos leões para a avaliação popular de suas condutas contrapostas.
Marcos Rogério foi “coveiro” da Lava Toga, quando o Senado avaliava a possibilidade de instaurar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar eventual má-conduta patrocinada por ministros do Pretório Excelso.
Uma página de humor regional relembrou a situação e eixo significativo da sociedade, na esfera virtual, desceu o relho no membro da Câmara Alta, tachando-o, basicamente, como hipócrita.
Um homem na conversa, outro na prática.
Muitos dos descalabros vistos em âmbito jurídico poderiam ter sido evitados se a postura de Rogério tivesse sido outra e não se alinhasse com nomes como Renan Calheiros (MDB-AL) para jogar a pá de cal na Lava Toga.
Expedito Netto versus Lúcio Mosquini
Expedito Netto (PSD) gravou um áudio que vazou nos grupos de WhatsApp em tom de ódio contra o atual líder da bancada federal, Lúcio Mosquini, emedebista.
Alguma coisa sobre Mosquini fazer “graça com chapéu alheio”. Até agora não se sabe exatamente qual seria o problema entre os parlamentares; no entanto, a vibração do ataque de Netto contra Mosquini deflagra desde logo uma contenda política interna.
Netto garante que será reeleito. E, se reeleito, nunca mais votará para Mosquini coordenar a bancada; certamente o sentimento é mútuo.
A briga, que infelizmente não serve aos rondonienses, refletirá, obviamente, no campo eletivo também com grupos dissidentes visando novos mandatos independentemente de quem apoiem para o Executivo.
21 deputados contra Marcos Rocha
O governador Marcos Rocha, do União Brasil, não se manifestou sobre a derrota hercúlea sofrida na Assembleia (ALE/RO) no decorrer da semana.
A Casa de Leis rejeitou o nome indicado pelo chefe do Executivo para assumir a posição de conselheiro do Tribunal de Contas (TCE/RO).
Jailson Viana de Almeida, auditor fiscal, restou rechaçado pelo Poder, um sinal claro de ruptura na relação que até então era cem por cento harmoniosa. E isto, às vésperas do pleito vindouro.
Os burburinhos de corredor denotam que houve ausência de tato na condução da matéria. E que essa situação acabou reverberando de maneira negativa para o Palácio Rio Madeira.
Por outro lado, há quem garanta que o Legislativo se posiciona agora para apresentar credenciais de sua preferência. E se assim o for, as relações podem voltar à normalidade de outrora.
Ainda assim, no mundo de fora das conveniências, quem assistiu pôde observar que o trem descarrilhou. E essa pancada carregará consigo reflexos irrefreáveis também no campo das tratativas entre personagens dos Poderes.
É época, afinal, de abraços e traições. As eleições já pululam com todos os seus bônus e ônus. E quem não ficar esperto vai cair na hora que o tapete for puxado.
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