Waldir Costa / Rondoniadinamica
Publicada em 30/04/2022 às 10h04
Com a passagem dos dias o assunto predominante entre a maioria da população envolve as eleições gerais deste ano. Em outubro próximo (pouco mais de seis meses) os brasileiros irão às urnas para eleger o presidente da República, governadores e respectivos vices, uma das três vagas ao Senado nos Estados e no Distrito Federal, além de deputados federais e estaduais.
Não há dúvida, que em Rondônia, a escolha do governador predomina entre as conversações na área política. Vários nomes já estariam confirmados como pré-candidatos, dentre eles o governador Marcos Rocha (União Brasil) à reeleição e o PT, com o ex-deputado federal Anselmo de Jesus. O PSB tem como pré-candidato o advogado e professor universitário Vinícius Miguel e o Podemos, o deputado federal Léo Moraes.
O senador Marcos Rogério, presidente regional do PL é quem mais tem se movimentado para viabilizar sua pré-candidatura à sucessão estadual, inclusive com a possibilidade de contar com o ex-deputado estadual e ex-prefeito de Rolim de Moura, empresário César Cassol como pré-candidato a vice.
Hoje somente o PSTU tem pré-candidatos definidos a governador e a vice. Os radialistas Edvaldo Cordeiro, o Dida e o colega de microfone, o ambientalista Almir Casal, da Rádio Transamazônica já estão trabalhando as pré-candidaturas a governador e a vice respectivamente.
Além da sucessão estadual a escolha da nova Assembleia Legislativa (Ale), é muito discutida junto as lideranças partidárias. Este ano não teremos coligações, que possibilitavam fusões partidárias elegendo parlamentares com votações bem inferiores em detrimento de outros mais bem votados. Hoje só é possível se unir em federações, que permite campanha conjunta, mas somente os mais bem votados de cada partido, desde que o quociente eleitoral e a cláusula de barreira sejam atingidos, além de uma fidelidade de 4 anos são eleitos nas eleições proporcionais (deputados).
Na legislatura atual somente o deputado Alex Silva (PRB), já teria adiantado, que não tem interesse em concorrer à reeleição e nem a cargos eletivos nas eleições de outubro próximo. Dois deles, Eurípedes Lebrão (União Brasil) e Anderson Pereira (PSB) são pré-candidatos a federal e Geraldo da Rondônia (PSC), está inelegível.
A reeleição ao parlamento estadual não será tarefa das mais fáceis para os deputados da atual legislatura. Impressiona o número de pré-candidatos às 24 cadeiras da Ale-RO. A maioria das câmaras de municipais dos 52 municípios de Rondônia terá vereadores concorrendo a deputado estadual.
É importante destacar, que o vereador é o mais importante dos políticos, pois devido a sua proximidade com a população é o mais cobrado pelo eleitor. Quem consegue realizar um bom trabalho na vereança tem muitas chances de se eleger deputado estadual e muitos, mais ousados, a deputado federal ou a cargos majoritários.
É o vereador quem está em contato permanente com a população ouvindo os seus clamores. O representante do legislativo municipal é o verdadeiro “fiscal do povo”. Nem sempre o vereador legisla para a população, como deveria, mas quem consegue se destacar não tem muitas dificuldades para subir os demais degraus na política.
Devido ao enorme número de vereadores, que já demonstrou interesse em buscar vagas no parlamento estadual os atuais parlamentares terão que trabalhar muito, para conseguir a reeleição. Os mais céticos garantem, que a renovação, com os nomes já citados fora, estará em torno de 70%, como já ocorreu em 2014. Não pelo nível dos deputados atuais, mas pela representatividade de muitos vereadores e lideranças regionais, que estão se preparando para concorrer na busca do voto.
Na política, na maioria dos casos, se eleger não é uma missão das mais difíceis, mas a reeleição sim, porque as cobranças são maiores e o eleitor já pode mensurar o trabalho realizado a quem pretenda votar. Como outubro está chegando, pé na estrada, prestação de contas das ações durante o mandato e compromissos cumpridos com a população serão fundamentais no projeto de reeleição.
Os “nobres pares” querem mais espaços na política. E vão incomodar.
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