Rondoniadinamica
Publicada em 14/05/2022 às 10h34
Porto Velho, RO – Em 2018 a onda Bolsonaro varreu o Brasil. Com ela, vários representantes da nova direita chegaram ao Poder, inclusive em Rondônia.
Muitos deles foram concebidos originalmente dentro do espectro destro do campo político e assim continuam.
Outros não têm consistência biográfica na vida pública, como o senador Marcos Rogério que saiu da esquerda em 2016 (PDT), percorreu o Centrão (DEM) e só agora desembocou de vez no conservadorismo (PL), a despeito de a legenda liderada pelo condenado no Mensalão Valdemar Costa Neto seja considerada historicamente uma entidade “pega-tudo”.
Os que escolheram se apegar à sombra do presidente da República imaginando uma espécie de reedição de 2018 podem acabar incorrendo em erro crasso. O contexto é outro. O mandatário do Planalto era pedra; hoje é vidraça. Transição natural de quem ocupa um mandato no Executivo.
Bolsonaro enfrenta questões de ordem administrativa, e o próprio, para tentar conservar as rédeas do Poder, terá de “rebolar” para justificar ao povo brasileiro questões econômicas como a inflação desenfreada; preço do combustível e especialmente suas escolhas no quesito enfrentamento à pandemia do novo Coronavírus (COVID-19/SARS-CoV-2).
A enfermidade tirou a vida de 665 mil brasileiros.
Lado outro, quem manteve a mesma linha desde sempre poderá, pelo menos, preservar a coerência levandor maior credibilidade ao eleitorado, independentemente do momento e do panorama.
E quem decidir votar saberá separar o joio do trigo, apoiando a posição ou presetando auxílio à oposição.
Movimentações bruscas como a da deputada federal Mariana Carvalho, ex-PSDB, hoje no Republicanos, podem ser ser interpretadas como jogadas narcisistas, exageradas, tachando o apego à imagem de Messias como tábua de salvação.
E se os burburinhos nos bastidores estiverem minimamente corretos, o espaço seria exclusivo para uma disputa ao Senado Federal, situação que geraria para a ex-tucana a obrigação de vencer adversários fortíssimos disputando a única vaga, que será deixada por Acir Gurgacz (PDT).
E aí é partir para o tudo ou nada, mas vestida de verde e amarelo, com esse patriotismo artificial típico da era contemporânea.
À exceção da esquerda declarada, muita gente, especialmente os de “fora”, vão pegar nas mãos de Bolsonaro para manter o status quo ou para ocupar, pela primeira vez, qualquer ofício que seja.
Na campanha ficará claro à sociedade tanto quem sempre andou junto quanto se vale a pena ou não defender a todo o custo enquanto realidade destoa ao discurso.
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