AFP
Publicada em 19/05/2022 às 14h39
Dar marcha ré na liberalização comercial da Colômbia "seria uma estupidez sem precedentes", advertiu nesta quinta-feira (19) a seu eventual sucessor o presidente em fim de mandato, Iván Duque, durante sua última visita ao Reino Unido para intensificar os intercâmbios e captar investimentos.
O conservador colombiano se reuniu com o chefe de governo britânico Boris Johnson, com o príncipe William, o segundo na linha sucessória do trono, e ministros do gabinete britânico.
A visita de Duque busca, sobretudo, intensificar o comércio com o Reino Unido após a entrada em vigor, no próximo mês, do tratado que dá continuidade às relações comerciais pós-Brexit.
O Reino Unido foi o terceiro maior investidor na Colômbia na última década e o número um entre os países europeus, à frente da Espanha, principalmente no setor de infraestrutura.
"Como uma das economias mais liberalizadas, diversificadas e globalizadas do mundo, estamos em uma posição ideal para trabalhar com a Colômbia na diversificação de seu desenvolvimento econômico", assinalou o secretário de Comércio Internacional britânico, Ranil Jayawardena, aos jornalistas, antes de receber Duque para novas conversas comerciais.
Contudo, segundo as pesquisas de opinião, o candidato de esquerda Gustavo Petro poderia vencer as eleições presidenciais colombianas, cujo primeiro turno acontece em 29 de maio, e questionar o processo de liberalização da economia sul-americana.
"Quando existem relações comerciais que atraem investimentos, que geram emprego, que produzem oportunidades, romper com isso seria uma estupidez sem precedentes", assinalou Duque, ao se dirigir àquele "que será o próximo presidente".
Acompanhado nesta última viagem pelos ministros de Comércio, Indústria e Turismo, Meio Ambiente e Saúde, Duque também visitará a Turquia, antes de participar do Fórum Econômico de Davos na Suíça.
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