AFP
Publicada em 08/06/2022 às 14h57
Associações de defesa dos direitos das minorias uigures, tibetanas ou de cidadãos de Hong Kong pediram nesta quarta-feira (8) a "renúncia imediata" da alta comissária para os direitos humanos Michelle Bachelet, a quem acusam de limpar a imagem do governo chinês.
Durante sua recente visita à China, a alta comissária "fracassou lamentavelmente em colocar o governo chinês diante de suas responsabilidades" pelas "violações sistemáticas dos direitos humanos", segundo os signatários.
Este apelo do Congresso Mundial de Uigures foi assinado por várias dezenas de filiais locais e nacionais de associações para a defesa das minorias uigures, tibetanas e mongólias.
"Esta visita fracassada não só agravou a crise dos direitos humanos para aqueles que vivem sob o jugo do governo chinês, mas também compromete seriamente a credibilidade" da alta comissária, concluem os signatários.
Michelle Bachelet foi criticada pela Anistia Internacional e pela Human Rights Watch (HRW) e até pelos Estados Unidos, que a repreenderam por não ter denunciado a situação dos direitos humanos durante sua visita à China.
De acordo com organizações de direitos humanos, pelo menos um milhão de uigures e membros de outras minorias de língua turca, principalmente muçulmanos, estão ou foram presos em campos em Xinjiang.
A HRW não assinou a carta e disse que a organização não costuma pedir renúncias. No entanto, "compartilhamos a frustração e a preocupação dos signatários" após a visita de Bachelet à China, disse a HRW à AFP.
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