Larina Rosa
Publicada em 09/06/2022 às 16h06
Uma vez por semana Kauan Andrade de 18 anos treina bocha paralímpica no Ferroviário Atlético Clube em Porto Velho, defendendo o Rondônia Clube Paralímpico – RCP. O paratleta da classe BC2 que também treina em casa com o apoio da mãe Suelen Cardoso, conquistou o ouro no 1° Campeonato Brasileiro de Bocha Paralímpico representando Rondônia. Além dele, o paratleta Lucas Francisco, da classe BC1 que treina no município de Ji-Paraná também garantiu o bronze para o Estado. Com essa conquista os dois paratletas rondonienses foram selecionados para participar dos Jogo Parapan Americanos da Juventude, que será realizado em Bogotá na Colômbia, em novembro deste ano.
De acordo com a mãe de Kauan, para que o paratleta participasse do campeonato o Governo de Rondônia ofereceu as passagens emitidas pela Superintendência da Juventude, Cultura, Esporte e Lazer – Sejucel. Ela explica que a disputa na classe BC2 é para atletas com grau de dificuldade de movimento baixo a moderado no tronco e membros superiores ou de alto grau nas pernas.
“Por conta do grau de dificuldade ele ficou nessa classe. Esse não foi o primeiro campeonato dele, já tiveram outros, mas nessa categoria de jovens com idade entre 13 e 20 anos foi a primeira vez que ele conquistou o ouro”, contou a mãe do Kauan.
Já Jaasiel Alves, o pai do Lucas Francisco, explica que o filho de 9 anos, começou a competir ainda em 2018. “Hoje ele é tricampeão de Rondônia, mas assim que começou em 2018 ele já se sagrou campeão rondoniense. No mesmo ano conquistou medalha de bronze e em 2019 prata nos Jogos Escolares Paralímpicos em São Paulo. Bicampeão dos Jogos Escolares de Rondônia também em 2018 e 2019. Venceu a Copa SESC em 2019. E em 2020 já era vice campeão da Região Norte na categoria. Agora ele está bastante empolgado com os resultados alcançados e também com as próximas competições”, contou Jaasiel.
De acordo com o coordenador de esportes da Sejucel Varderlei Ferreira dos Santos, o Governo de Rondônia mantém essa parceria para incentivar a participação dos atletas do estado em competições nacionais e internacionais, al´[em de divulgar a modalidade. “A Sejucel trabalha com atletas de alto rendimento. Nosso objetivo é além de fomentar a modalidade paradesportiva, incentivar esses atletas também a competirem. A bocha é um esporte que está ganhando visibilidade no Estado junto com os outros”, disse.
O presidente do Rondônia Clube Paralímpico -RCP, Silvio Roberto Corsino destacou a importância do campeonato para o Estado. “Essa conquista é resultado de muita dedicação e treinamento, superação e garra dos nossos paratletas. Para eles não foi nada fácil representando de Rondônia no Campeonato Brasileiro de Jovens. Eles foram aos poucos vencendo cada etapa até conquistarem essas medalhas de ouro e prata. A família é outro ponto fundamental nessa conquista”, destacou.
O próximo campeonato acontece no período de 25 de novembro até 5 de dezembro. Mais uma vez com apoio da Sejucel, Kauan e Lucas vão continuar treinando para representar Rondônia e o Brasil buscando as melhores colocações. “Para essa próxima etapa do campeonato Kauan está bem focado, treinando todos os dias e montando estratégias de jogadas, ele quer fazer bonito”, contou Suelen.
RONDÔNIA CLUBE PARALÍMPICO
O Rondônia Clube Paralímpico – RCP foi fundado em 13 de março de 2013 e oferece de forma gratuita modalidades paralímpicas como atletismo, bocha, halterofilismo, futebol de 7 pc, judô, natação, tênis de mesa e badminton.
“Com o tempo começamos a competir em todos os níveis: metropolitana, estadual, regional, nacional e internacional. Podemos dizer que toda capital de um Estado tem a identificação com o esporte e em Porto Velho não é diferente. O Estado se destaca nas modalidades paralímpicas, motivo de orgulho a todos os rondonienses”, disse o presidente do RCP.
CAMPEONATO DE BOCHA
Na modalidade bocha os atletas usam cadeiras de rodas e têm o objetivo de lançar 12 bolas coloridas (azul e vermelha) o mais perto possível de uma branca (jack ou bolim). É permitido usar as mãos, os pés, instrumentos de auxílio e até ter ajudantes no caso dos atletas com maior comprometimento. O esporte exige habilidade e eficiência, além, é claro, de técnicas e táticas adequadas para vencer a disputa.
Fotos: Arquivo ANDE
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