Waldir Costa / Rondoniadinamica
Publicada em 25/06/2022 às 10h15
Faltam pouco mais de três meses para a realização das eleições gerais deste ano. No dia 2 de outubro, ocorrerá o primeiro turno, quando serão eleitos um dos três senadores de cada Estado e do Distrito Federal, deputados estaduais e federais. Já para presidente da República e governadores, caso não ocorra vitória no primeiro turno teremos o segundo, no dia 30 de outubro.
As convenções partidárias, quando serão definidos os nomes dos candidatos aos cargos disponíveis, serão realizadas no período de 20 de julho a 5 de agosto. Apesar de a proximidade a mobilização das lideranças partidárias, ainda, não ganhou a devida importância, que o assunto merece, pois estaremos definindo o futuro do País e, por consequência dos Estados.
Em Rondônia a visão política é turva no que diz respeito a definição dos futuros candidatos. As decisões dos grupos partidários pelos nomes aos diversos cargos vão sendo proteladas e, apesar de vários acordos terem sido fechados, nada foi definido, o que deverá ocorrer durante o período das convenções, apesar de ser importante um horizonte sobre nomes, que estarão em busca de votos, para que sejam analisados neste período de pré-campanha. Na verdade, uma campanha indireta, mas necessária para motivar o eleitorado.
O MDB, um dos partidos mais importantes do País não tem pré-candidato a governador em Rondônia. Várias parcerias foram analisadas pelo grupo, que comanda o partido, hoje, liderado pelo senador Confúcio Moura, mas nada decidido. Há quem aposte alto, que o nome é Confúcio Moura, e que ele estaria blefando para esperar o momento certo de ser a opção, das mais positivas, pois ele já foi governador em dois mandatos seguidos e tem muitas chances de conseguir um terceiro.
Na condição de candidato Confúcio, além de estar no grupo de favoritos ao sucesso, garantiria ao candidato a senador e aos cargos proporcionais (Câmara Federal e Assembleia Legislativa) os recursos do Fundo Partidário. Quem conhece o senador Confúcio, que já foi governador, prefeito de Ariquemes e deputado federal garante, que ele deverá liderar o MDB e seus parceiros na disputa pela sucessão estadual.
A Frente Partidária (PT, PSB, PCdoB, Solidariedade e PV), que já teve o Psol e Rede, tinha reunião marcada na sexta-feira (24) em Porto Velho, para decidir o futuro da parceria. Mas o encontro foi adiado, acontecerá esta semana e será fundamental para a política de Rondônia, pois o grupo liderado pelo PT tem o advogado e professor universitário, Vinícius Miguel (PSB) como pré-candidato ao governo tendo como vice o ex-deputado federal Anselmo de Jesus como vice. A Frente também poderá ter o PDT, presidido pelo senador Acir Gurgacz na parceria e, até a volta do Psol e Rede.
O governador Marcos Rocha, presidente regional do União Brasil é pré-candidato à reeleição. Apesar de muito se comentar sobre quem será o vice de Rocha, o nome não foi revelado. Falou-se muito em Maurão de Carvalho, do PTB, ex-presidente da Assembleia Legislativa (Ale) e nome expressivo da política regional, mas nada foi confirmado.
O senador e presidente do PL, Marcos Rogério é pré-candidato a governador. E também não tem um pré-candidato a vice. Maurão seria um dos preferidos, porém não houve confirmação e ele continua sua pré-campanha sem vice.
O presidente estadual do Podemos, o deputado federal Léo Moraes está na lista de pré-candidatos à sucessão estadual. Já houve tentativas de composição com o PP, da deputada federal Jaqueline Cassol e do irmão, ex-governador e ex-senador Ivo; com o MDB de Confúcio e com o PSDB, mas continua solitário na pré-campanha.
A expectativa é de eleições a governador equilibradas em Rondônia. Também não se pode descartar uma parcela de favoritismo para o pré-candidato à reeleição, Marcos Rocha, que tem a “máquina” administrativa na mão e programas de enorme interesse social, como o Porteira Adentro, Tchau Poeira, Governo na Cidade, Mamãe Cheguei, Prato Fácil de enorme identificação com a população.
A lista de prováveis pré-candidatos já foi maior. Com o passar do tempo as parcerias foram sendo formalizadas e, até as convenções partidárias o quadro poderá mudar, mas não será muito diferente do exposto.
Outro fator importante é que não teremos as coligações nas eleições deste ano, como já ocorreu em 2020, nas eleições municipais (prefeitos e vereadores). Hoje só será possível as federações, que permitem composições, mas não a soma de votos na proporcional, sendo eleitos, apenas os mais bem votados de cada partido, um acordo com duração mínima de 4 anos e, mantido pelos diretórios regionais, o que for formatado pelo nacional.
Hoje, além da Frente Partidária, que mesmo assim não “bateu o martelo”, somente o PSTU tem pré-candidatos a governador e vice, o radialista Edvaldo (Didas) Cordeiro da Silva e o ambientalista Almir Casal, respectivamente.
O baralho está preparado, as cartas na mesa, mas as nominatas serão amplamente discutidas até as convenções partidárias.
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