AFP
Publicada em 28/06/2022 às 10h53
As quarentenas para os viajantes que chegam à China do exterior passarão de 21 dias para sete dias em um hotel, com mais três dias de observação domiciliar, anunciou nesta terça-feira (28) a Comissão Nacional da Saúde.
Pequim fechou suas fronteiras internacionais assim que a propagação do coronavírus começou e o número de voos que chegam à China continua limitado para reduzir os casos importados.
Há dois anos, os viajantes procedentes do exterior eram obrigados a respeitar uma custosa quarentena em um hotel ou centro especializado.
As novas regras constituem uma grande mudança nas restrições de entrada impostas pela China, que segue uma estratégia rígida de "covid zero" desde o início da pandemia.
De acordo com a nova política de controle e prevenção da covid, esta quarentena, chamada de "centralizada", é reduzida para sete dias.
Desde abril, um número crescente de cidades-piloto – incluindo Pequim desde maio – já reduziu para 10 dias a quarentena centralizada para as chegadas do exterior.
No entanto, os poucos voos internacionais são frequentemente sujeitos a cancelamentos, pois Pequim aplica um sistema de "circuit breaker", no qual as rotas são canceladas temporariamente com base no número de passageiros que testam positivo para o coronavírus.
De acordo com as diretrizes mais recentes, o novo requisito de quarentena também se aplica a pessoas identificadas como contatos próximos dentro da China, onde uma quarentena estrita é imposta às comunidades com casos positivos.
A China é a última grande economia a manter uma estratégia de "covid zero", que visa eliminar a propagação por meio de testes em massa, confinamento seletivos e longas quarentenas.
No início de junho, Pequim aliviou um pouco as restrições de visto para os estrangeiros residentes, bem como para seus familiares que desejam visitá-los.
Na sexta-feira, a Aviação Civil disse estar em negociações com vários países para aumentar gradualmente o número de voos para a China.
Nas últimas semanas, estudantes internacionais de vários países, incluindo Índia e Paquistão, foram autorizados a retornar à China pela primeira vez desde o início da pandemia.
No entanto, a maioria dos analistas estima que a recuperação do turismo ainda está longe.
No final do ano, será realizado o 20º Congresso do Partido Comunista Chinês (PCC), durante o qual o presidente Xi Jinping deverá obter um terceiro mandato.
Dada a proximidade deste evento - considerado sensível para o poder -, as autoridades querem evitar qualquer surto epidêmico.
A China também restringiu consideravelmente as viagens ao exterior para seus cidadãos. Desde o final de 2021, os chineses não podem mais fazer viagens "não urgentes e desnecessárias" e a maioria das renovações de passaportes foi suspensa.
Embora nos últimos meses tenha havido vozes a favor de um relaxamento das restrições sanitárias, o presidente Xi pediu em maio para continuar com a política de "covid zero" e combater resolutamente tudo o que questiona essa estratégia.
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