France Presse
Publicada em 12/07/2022 às 08h57
Centenas de milhares de pessoas entraram em confinamento em uma pequena cidade da China nesta terça-feira (12) após a detecção de um caso de Covid-19, em mais uma demonstração de que Pequim prossegue com a estratégia de tolerância zero aos contágios.
A China é a única grande economia do mundo que mantém a estratégia "Covid zero", que inclui confinamentos, testes em larga escala e restrição de deslocamentos com novos casos, apesar do cansaço da população e dos custos para a economia.
As autoridades de várias regiões adotaram restrições na tentativa de conter novos surtos da variante ômicron, que é muito contagiosa.
Depois de detectar apenas uma infecção, Wugang, que é um importante ponto de produção siderurgia na província de Henan, anunciou na segunda-feira (11) que implementará três dias de "controle rígido".
De acordo com as ordens, os 320.000 habitantes da cidade estão proibidos de sair de suas casas até meio-dia de quinta-feira, mas as autoridades garantem que todos receberão os produtos básicos. Os moradores não podem usar os seus carros e para circular em um "circuito fechado" devem solicitar uma autorização.
Uma das maiores siderúrgicas da China, a Wuyang Iron & Steel Co., que exporta para os Estados Unidos, Japão e outras grandes economias ocidentais, tem sede nesta cidade, informou a Bloomberg.
A China registrou 347 novos casos de Covid nesta terça-feira, mais de 80% deles assintomáticos, segundo a Comissão Nacional de Saúde.
Os surtos persistentes da doença e as respostas inflexíveis das autoridades reduziram qualquer expectativa de que a China modifique a estratégia draconiana, que desde o início do ano já provocou o confinamento de dezenas de milhões de pessoas, em alguns casos por semanas.
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